Alguns animais, como os artrópodes, são caracterizados pela presença de um esqueleto externo, denominado de exoesqueleto, que é rígido e reveste todo o corpo do animal. Embora a presença do exoesqueleto garanta uma maior proteção, ele acaba impedindo o crescimento.
Assim, periodicamente, esse exoesqueleto é eliminado para que o animal desenvolva-se por meio de um processo denominado de muda ou ecdise. Esse processo é controlado pelo sistema endócrino por intermédio da ação do hormônio ecdisona, que inicia o ciclo.
→ Processo de muda ou ecdise
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O processo inicia-se com a epiderme destacando-se da procutícula (parte interna do exoesqueleto) velha e secretando enzimas que digerem parte dessa procutícula;
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O antigo exosqueleto, denominado de exúvia, fende-se e é abandonado pelo animal;
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A epiderme produz um novo exoesqueleto, que permanece mole por um período;
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Enquanto o novo exoesqueleto estiver mole, o animal expande seu corpo pelo bombeamento de água ou ar;
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Após o endurecimento do exoesqueleto, a água ou ar é substituído pelo crescimento dos tecidos.
Como o crescimento de animais com exoesqueleto só ocorre durante o processo de muda, ele não é contínuo, havendo períodos em que não há crescimento. Esse aspecto varia em cada espécie.
Por Ma. Helivania Sardinha dos Santos