Cavalo

Cavalo é um mamífero domesticado pelo homem e que o auxilia em diversas atividades. Existem mais de 300 raças de cavalo no mundo com características diversas.

Cavalo é um mamífero pertencente ao gênero Eqqus, à família Equidae e à ordem Perissodactyla. Os cavalos são animais domesticados, utilizados, por exemplo, no transporte de cargas e pessoas, como também na alimentação.

Os cavalos são animais robustos e inteligentes, podendo comunicar-se por meio de linguagem corporal. Existem centenas de raças de cavalos em todo o mundo. A seguir, apresentamos as características desses animais, assim como um pouco de sua história e algumas curiosidades.

Veja também: Bicho-preguiça: um mamífero que habita a América Central e do Sul

Características do cavalo

Os cavalos, assim como os demais mamíferos, apresentam um corpo coberto de pelos, cuja coloração varia conforme a raça. A altura e o peso dos cavalos também variam conforme esse critério.

Os cavalos são animais quadrúpedes e apresentam um dedo em cada pata, sendo esse revestido, em sua última falange, por um casco único. A presença de um casco único é uma característica da família à qual pertence o cavalo, a família Equidae, composta por cerca de oito mil espécies de animais, entre eles burros e zebras. A presença de dedos ímpares é uma característica da ordem Perissodactyla, na qual estão incluídos também os rinocerontes e as antas, por exemplo.

Alimentação dos cavalos

Os cavalos de vida livre alimentam-se da pastagem, geralmente um alimento rico em fibras, mas pobre em energia. Diante disso, eles têm que ingerir pequenas porções de alimento várias vezes ao dia. Assim, esses animais passam cerca de 16 horas do dia alimentando-se.

Esse tempo dispendido para a alimentação diminui em animais mantidos em baias, pois a sua alimentação é diferenciada, sendo preparada para suprir suas necessidades nutricionais e energéticas. Os animais mantidos em baias geralmente alimentam-se de pasto, feno, silagem, ração, suplementos, entre outros.

Uma outra característica da ordem Perissodactyla, à qual pertencem os cavalos, é a presença de estômago simples (monogástricos), assim, embora os cavalos sejam animais herbívoros, não são ruminantes. O cavalo apresenta estômago reduzido, e a digestão das fibras e sua absorção ocorrem no intestino grosso, principalmente no ceco e no grande cólon. O intestino delgado, de tamanho moderado, é responsável pela absorção dos nutrientes da alimentação.

Leia também: Movimentos peristálticos e sua importância para a digestão

História do cavalo

Nos dias atuais, os cavalos são utilizados em diversas atividades, como no esporte.

O ancestral do cavalo surgiu no continente americano, e os mais antigos ancestrais datam de cerca de 55 milhões de anos. Mudanças no sistema musculoesquelético, assim como no digestório, ao longo do tempo, contribuíram na sua adaptação à fuga de predadores, assim como fizeram com que esses animais adquirissem as características atraentes também para a sua domesticação.

Durante muito tempo, o cavalo foi caçado com o objetivo da obtenção de sua carne para o consumo. Ainda hoje a sua carne é consumida em alguns países. O cavalo só foi domesticado há cerca de seis mil anos, na Ásia, e sua domesticação ocorreu devido à sua capacidade de deslocar-se de forma rápida a longas distâncias.

No Brasil, o cavalo doméstico começou a ser introduzido a partir de 1534, trazido por colonizadores portugueses. O surgimento das raças brasileiras deram-se, sem seleção artificial, pelo acasalamento de garanhões de origem ibérica, Andaluz e Berbere, com éguas trazidas pelos colonizadores.

Atualmente, os cavalos no Brasil são utilizados principalmente em atividades agropecuárias, como o trato com o gado; no transporte para locais de difícil acesso; no esporte; e no lazer. Embora a comercialização da carne de cavalo para consumo seja permitida, esse é baixo, e a maior parte da produção com esse objetivo é exportada.

O comércio de cavalos é uma importante atividade econômica no Brasil, e nosso país possui um dos maiores rebanhos equinos do mundo.

As raças de cavalo

O cavalo Mangalarga Marchador, além de sua marcha, é conhecido também por ser dócil e inteligente.

No mundo, existem cerca de 300 raças de cavalos, no Brasil, cerca de uma dezena. Dentre as raças brasileiras, podemos destacar: Campolina, Mangalarga Marchador, Mangalarga Paulista, Pantaneiro, Crioulo, Marajoara, entre outras. A seguir, as características de duas dessas espécies.

  • Mangalarga Marchador: é a espécie mais numerosa e apresenta distribuição por todo o país. Os cavalos dessa raça surgiram do cruzamento da raça Alter com éguas crioulas. A sua pelagem pode surgir nas mais diversas cores. Para os machos, a altura ideal, segundo a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, é 1,52 m, e para as fêmeas, 1,46 m. Uma das suas principais características é a marcha, com passo acelerado, impedindo impactos no transporte do cavaleiro. Seus indivíduos são considerados de porte médio, ágeis, fortemente estruturados, inteligentes, de fácil adestramento, além de dóceis.

  • Pantaneiro: surgiu do cruzamento dos cavalos Andaluz, Barbo, Céltico, árabes e Crioulo Argentino. Essa raça é bem adaptada à região alagada do Pantanal, pois seus cascos podem ficar submersos por dias sem apresentar danos, além do fato de esses animais conseguirem alimentar-se das plantas que ficam submersas. A sua pelagem apresenta-se na cor tordilha, a maioria desses indivíduos possui pelagem clara. A altura média dessa raça para fêmeas é de 1,35 m, e para machos, 1,40 m. São considerados de pequeno porte, leves, ágeis e velozes.

Veja também: Coala, um mamífero tipicamente australiano

Curiosidades sobre cavalos

O cavalo, quando em sono profundo, deita-se completamente em total estado de relaxamento.
  • Os cavalos comunicam-se por meio de linguagem corporal, podendo essa comunicação ser estendida a outros grupos, como os seres humanos.

  • O estado emocional, desde depressão ou quando se sentem ameaçados, pode ser interpretado por meio das suas expressões corporais e faciais.

  • Os cavalos apresentam três fases de sono: (1) sono superficial — o cavalo mantém-se de pé, com um dos membros flexionados, orelhas relaxadas, pescoço e garupa baixos; (2) sono médio — o cavalo deita-se com o peito ao solo, assim como a ponta do focinho, mantendo o pescoço erguido; (3) sono profundo — o cavalo deita-se totalmente.

Por Helivania Sardinha dos Santos