Urso

Ursos são animais pertencentes à família Ursidae. Existem atualmente oito espécies de ursos, e essas apresentam algumas caraterísticas distintas e habitam diversos ambientes.

Urso é a denominação utilizada para as espécies pertencentes à família Ursidae, uma das famílias mais estudadas e mais ameaçadas entre os animais carnívoros. Seus membros pertencem à classe Mammalia e à ordem Carnivora.

A família Ursidae apresenta espécies distribuídas em diversas regiões do planeta, como Europa, Ásia, América do Sul, América do Norte e África, habitando desde regiões de florestas a regiões polares. A seguir descrevemos algumas características desse grupo de animais e algumas de suas espécies.

O urso-de-óculos apresenta um padrão de coloração diferente dos demais ursos, com manchas brancas que circundam os olhos e estendem-se pelo peitoral.

Características gerais dos ursos

Os ursos são mamíferos pertencentes à família Ursidae. Atualmente, existem oito espécies deles, essas apresentam algumas características em comum mas também suas peculiaridades. A seguir destacamos algumas características gerais desse animais:

  • Como os demais animais da classe, apresentam o corpo coberto de pelos. Estes são longos e a sua coloração varia de acordo com cada espécie, podendo ser totalmente brancos, marrons e pretos. Havendo algumas exceções, como o urso-de-óculos e o panda-gigante que apresentam, respectivamente, manchas brancas em torno dos olhos e na região peitoral e um padrão preto e branco.

  • Apresentam cinco dedos em cada membro e unhas fortes.

  • Apresentam caudas curtas e orelhas pequenas e arredondadas.

  • São excelentes nadadores.

  • Medem, geralmente, entre 1 m e 2,8 m, com registro de indivíduos de uma subespécie, Ursus arctos (urso-pardo), medindo mais de 3 m. Os machos geralmente são maiores que as fêmeas.

  • Podem pesar entre 27 kg e 780 kg, com registros de indivíduos da espécie Ursus maritimus (urso-polar) pesando uma tonelada.

  • São em sua maioria onívoros. O panda-gigante e o urso-polar são exceções disso, como veremos adiante.

  • Geralmente vivem sozinhos. Após o nascimento, os filhotes permanecem junto às mães por um período de dois a três anos.

  • Apresentam uma longevidade que varia de 25 a 40 anos.

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Espécies de ursos

Como dito, os ursos pertencem à família Ursidae. Essa família é constituída por três subfamílias que englobam oito espécies.

Na família Ursidae, podemos encontrar as subfamílias: Tremarctinae, na qual está presente a espécie Tremarctos ornatus (urso-de-óculos); Ailuropodinae, na qual encontramos a Ailuropoda melanoleuca (panda-gigante); e Ursinae, na qual encontramos o maior número de espécies — Ursus arctos (urso-pardo), Ursus americanus (urso-negro-americano), Ursus maritimus (urso-polar), Ursus thibetanus (urso-negro-asiático), Melursus ursinus (urso-beiçudo) e Helarctos malayanus (urso-malaio).

A seguir falaremos mais sobre algumas dessas espécies.

Panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca)

O panda-gigante diferencia-se dos demais ursos, entre outras características, pelo fato de sua alimentação ter origem, principalmente, vegetal.

O urso-panda habita as florestas de algumas regiões da China. Ele mede cerca 1,5 m e pesa cerca de 100 kg. O panda-gigante apresenta uma característica bem distinta dos demais animais da ordem Carnivora, pois, embora apresente um sistema digestório semelhante aos demais, a sua alimentação é constituída principalmente de bambu, com apenas 1% de seu alimento sendo de origem animal, como insetos e ovos.

Como o seu sistema digestório não permite uma digestão eficiente desse alimento e o bambu é um alimento pobre em nutrientes, para suprir suas necessidades, ele consome grandes quantidades desse alimento (cerca de 12 kg por dia).

A reprodução do panda-gigante é um processo complicado, pois o período reprodutivo da fêmea ocorre apenas uma vez ao ano e dura entre 24 e 72 horas. O tempo de gestação pode durar até nove meses e gerar, na maioria das vezes, apenas um filhote. Atualmente, o panda-gigante está classificado, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional Para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), como vulnerável.

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  • Urso-polar (Ursus maritimus)

O urso-polar habita as regiões geladas do Círculo Polar Ártico, e, em sua gestação, a fêmea pode dar origem a dois filhotes.

O urso-polar habita o Círculo Polar Ártico, como no Alasca, sendo encontrado, principalmente, nas regiões cobertas de gelo ligadas à plataforma continental. O urso-polar pode medir cerca de 2,5 m e pesar até cerca de 800 kg, tendo sido reportado caso de indivíduo pesando uma tonelada.

Adaptado a viver em ambiente marinho, é um ótimo nadador e seu pelo é oleoso. Como vive em locais de temperaturas extremamente baixas, seus longos pelos e uma camada espessa de gordura atuam como isolante térmicos. Diferentemente dos demais ursos, ele é o único estritamente carnívoro, alimentando-se principalmente de focas.

Sua gestação pode durar até 265 dias, e as fêmeas dão origem, geralmente, a dois filhotes, no entanto, a taxa de mortalidade é alta no primeiro ano de vida. Atualmente, o urso-polar está classificado, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional Para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), como vulnerável.

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  • Urso-pardo (Ursus arctos)

O urso-pardo é uma das maiores espécies de ursos, podendo medir 3 m, e apresenta ampla distribuição.

O urso-pardo apresenta grande distribuição, habitando desde regiões do Ártico a regiões de florestas tropicais temperadas. Essa espécie pode medir cerca de 3 m e pesar entre 90 kg e 800 kg. Ele apresenta uma alimentação diversificada de acordo com a região onde vive, podendo alimentar-se de gramínias, raízes, salmão, mamíferos de pequeno e médio porte, entre outros.

A idade em que atingem a maturidade sexual e o tempo entre uma gestação e outra variam entre os ursos que habitam diferentes regiões. A fêmea geralmente produz ninhadas com até três filhotes por gestação. Atualmente, o urso-pardo está classificado, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional Para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), como pouco preocupante.

Por Helivania Sardinha dos Santos