As gimnospermas compreendem um grupo de plantas que se caracteriza pela presença de vasos condutores de seiva (xilema e floema) e sementes. Todas as espécies incluídas nesse grupo são lenhosas e algumas são uma fonte importante de madeira e material para a fabricação de papel. Além disso, espécies como ciprestes e pinheiros são muito utilizadas como plantas ornamentais.
Uma das características mais marcantes desse grupo de plantas é ausência de uma proteção da semente, ou seja, elas não possuem um fruto envolvendo essa estrutura. Em virtude dessa peculiaridade, o grupo recebeu o nome de gimnospermas, que significa “sementes nuas”. As sementes, sem dúvidas, foram muito importantes para garantir a dominância desse grupo de plantas e das angiospermas na flora atual, pois, além de proteger o embrião, fornecem alimento a ele.
Diferentemente das briófitas e pteridófitas, as gimnospermas não necessitam de água para que ocorra a reprodução. Essas plantas possuem o grão de pólen (gametófito masculino parcialmente desenvolvido), que é responsável por levar o gametófito masculino até o feminino utilizando o vento como dispersor.
Ao chegar ao óvulo, o grão de pólen germina e produz uma expansão tubular chamada de tubo polínico. Esse tubo é responsável por levar os gametas masculinos até os arquegônios. Nas espécies de coníferas e gnetófitas, os gametas masculinos são imóveis, diferentemente das espécies de cicadófitas e Ginkgo, em que há anterozoides multiflagelados. Nesse último caso, o tubo polínico não penetra no arquegônio, rompendo-se próximo a esse local e permitindo que os gametas masculinos nadem até fecundarem a oosfera.
Normalmente o gametófito feminino produz vários arquegônios, consequentemente, mais de uma oosfera pode ser fecundada e vários embriões podem começar a desenvolver-se, um processo chamado de poliembrionia. Apesar de esse evento acontecer frequentemente, na maioria das vezes, apenas um desses embriões sobrevive.
É importante salientar que a reprodução é muito lenta em gimnospermas, até um ano pode se passar desde o momento da polinização até o instante em que ocorre a fecundação. Em algumas espécies, após esse processo, pode demorar até três anos para que a maturação das sementes aconteça.
Atualmente podemos dividir as gimnospermas em quatro filos: Filo Cycadophyta: Esse grupo possui um crescimento cambial lento e folhas que se assemelham às das samambaias. Exemplo: Cycas sp. Filo Ginkgophyta: Apresenta apenas um representante, o Ginkgo biloba. As folhas dessa planta são semelhante a leques. Filo Coniferophyta: As coníferas são o grupo mais conhecido e sua madeira muito apreciada. O nome desse filo relaciona-se com a presença de cones, estruturas que protegem óvulos e sementes. Exemplo: Pinheiros, ciprestes e sequoias. Filo Gnetophyta: Apresentam características que as relacionam com as angiospermas, como a presença de vasos no xilema. Exemplo: Welwitschia.
Por Ma. Vanessa dos Santos