Sarampo

O sarampo é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus pertencente à família Paramixoviridae e ao gênero Morbillivirus. Essa doença é transmitida de pessoa para pessoa, e nos últimos anos tem sido observado o aumento do número de casos dela em todo o mundo. O sarampo é uma doença grave que pode levar a óbito, no entanto, pode ser prevenido por meio da vacinação.

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Causas e transmissão do sarampo

O sarampo é uma doença causada por um vírus do gênero Morbillivirus, sendo o ser humano o seu único hospedeiro natural. O sarampo é altamente contagioso, e a sua transmissão pode ocorrer diretamente, de pessoa para pessoa, por meio do contato com as secreções nasofaríngeas, num período que se estende desde cerca de seis dias antes do aparecimento das erupções cutâneas características da doença, até quatro dias depois desse aparecimento. A transmissão pode ocorrer também por meio de gotículas que estejam no ar e que contenham partículas virais.

Sintomas do sarampo

Um dos principais sintomas do sarampo é o surgimento de exantema (erupções cutâneas) avermelhado por todo corpo.

Os sintomas do sarampo geralmente iniciam-se cerca de 10 dias após o contágio, antes disso, há um período de incubação, no qual o indivíduo infectado apresenta-se assintomático. As manifestações dos sintomas podem ser divididas em períodos, como veremos a seguir:

  • Período prodrômico: quando surgem os primeiros sintomas e tem a duração de cerca de seis dias. Dentre os sintomas dessa fase, podemos destacar febre alta (acima de 38,5 ºC), mal-estar, anorexia, tosse, coriza, conjuntivite e fotofobia. Nesse momento, surgem também manchas brancas na altura dos dentes pré-molares e que podem espalhar-se por toda a boca, são as chamadas manchas de Koplik, típicas do sarampo;

  • Período exantemático: quando surge uma das principais características da doença, um exantema (erupção cutânea) de cor avermelhada e que persiste por um período de cerca de cinco a seis dias. Nesse período, ocorre também uma prostração maior do doente;

  • Período de convalescença ou de descamação furfurácea: quando há um abrandamento dos sintomas, as erupções cutâneas tornam-se manchas escurecidas e aparecem descamações finas. Estas lembram farinha, por isso o nome de descamação furfurácea.

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Complicações do sarampo

O sarampo é uma doença que afeta o sistema imunológico do indivíduo, de forma que ela pode, até mesmo, abrir portas para outras infeções. O sarampo, em cerca de 30 % dos casos, apresenta complicações possivelmente fatais.

O sarampo pode desencadear algumas complicações. Em crianças, uma complicação frequente é a pneumonia.

Em algumas regiões do mundo, o sarampo é uma das principais causas de morbimortalidade em crianças menores de cinco anos. Um dos sintomas que merecem atenção, por indicar um possível surgimento de complicações, é a continuidade do quadro febril até três dias depois do surgimento do exantema. Dentre as principais complicações, podemos destacar:

  • doenças diarreicas;

  • desnutrição;

  • pneumonia, principalmente em bebês;

  • otite média (infecção no ouvido médio);

  • encefalite (infecção cerebral), que pode ser recuperada em poucos dias, no entanto, pode deixar sequelas e até levar a óbito.

Além desses exemplos, o sarampo pode também deixar sequelas, como cegueira, surdez e sequelas neurológicas, como convulsões e retardo mental, entre outras.

Diagnóstico e tratamento do sarampo

O diagnóstico do sarampo é realizado principalmente mediante a análise dos sintomas apresentados, e, em casos suspeitos, exames laboratoriais devem ser realizados. Todos os casos, suspeitos e confirmados, devem ser notificados, de forma a manter-se o controle permanente.

O tratamento do sarampo dá-se via intervenção dos sintomas da doença e das doenças oportunistas que podem surgir. O tratamento com antibióticos só deve ser realizado se houver o desenvolvimento de alguma infecção bacteriana. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, nesse sentido, que crianças desnutridas e crianças de países em desenvolvimento recebam suplementos de vitamina A.

A suplementação de vitamina A é recomendada como uma forma de evitar-se algumas complicações do sarampo, como a cegueira, além de reduzir a taxa de mortalidade, já que essa vitamina tem sido associada à diminuição da morbimortalidade em crianças com menos de dois anos de idade.

Prevenção do sarampo

A prevenção do sarampo ocorre com a vacinação. A vacina contra o sarampo foi incluída no Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, em 1973. Duas vacinas estão disponíveis, tanto na rede pública quanto na rede particular, são elas:

  • Tríplice viral: além do sarampo, também previne contra a caxumba e a rubéola;

  • Tetraviral: além do sarampo, também previne contra a caxumba, a rubéola e a varicela (catapora).

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A vacinação contra o sarampo ocorre com a administração de duas doses. A primeira (vacina tríplice viral) ocorre aos 12 meses de idade, e a segunda (vacina tetraviral), aos 15 meses de idade.

A vacinação é a forma de prevenção contra o sarampo. Fique atento ao calendário de vacinação.

Em casos de crianças ou adultos (até 29 anos) que não se vacinaram, ou perderam o cartão de vacinação e não sabem se foram vacinados, é necessária a administração de duas doses com um intervalo de um mês entre elas. Se tomou apenas uma dose, é necessária a administração da segunda. Para os adultos acima de 30 anos até 49 anos que não se vacinaram, perderam o cartão de vacinação ou não sabem se foram vacinados, é necessária a administração apenas de uma dose.

Por Helivania Sardinha dos Santos