O químico Alfred J. Lotka, por volta de 1930, foi o primeiro a considerar que populações e comunidades são como sistemas transformadores de energia. De acordo com Lotka, a troca de energia entre os componentes de um sistema inicia-se com a assimilação e a transformação de dióxido de carbono em matéria orgânica pelas plantas por meio do processo de fotossíntese. Em seguida, essa energia produzida é transferida para o componente seguinte por meio do consumo das plantas pelos herbívoros e, depois, com o consumo dos herbívoros pelos carnívoros.
Apenas em 1942, Raymond Lindeman conseguiu atrair a atenção de outros ecólogos ao unir conceitos ecológicos e princípios termodinâmicos para a compreensão dos ecossistemas como um sistema transformador de energia.
→ Transferência de energia na cadeia alimentar
A transferência de energia na cadeia alimentar é unidirecional:
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As plantas assimilam parte da energia luminosa por meio da realização da fotossíntese;
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Os herbívoros assimilam energia alimentando-se das plantas;
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Os carnívoros assimilam energia alimentando-se dos herbívoros.
A quantidade de energia transferida ao próximo nível trófico da cadeia é menor que a presente no nível anterior, pois parte dessa energia é gasta no metabolismo do organismo e parte é perdida pela ineficiência das transformações biológicas de energia.
→ Pirâmide de energia
Na pirâmide de energia, cada nível trófico representa a energia acumulada em uma unidade de área, ou volume, por unidade de tempo. Assim, ela pode demonstrar a produtividade de um ecossistema e, por esse motivo, não existe representação invertida desse tipo de pirâmide ecológica.
Cada nível trófico corresponde a um retângulo da pirâmide: o retângulo da base representa os produtores e os outros retângulos, em sequência, representam os herbívoros e carnívoros. Na pirâmide de energia, os decompositores não são representados.
Por Ma. Helivania Sardinha dos Santos