Acetilcolina é um neurotransmissor, o qual se destaca por ter sido o primeiro a ser descoberto. Esse mensageiro químico é encontrado em animais invertebrados e vertebrados e é produzido a partir de acetilcoenzima A e da colina. Dentre as funções que podem ser atribuídas à acetilcolina destacam-se a estimulação dos músculos e a regulação do sono, da memória e do aprendizado. Estudos demonstraram que alterações no sistema de neurotransmissão colinérgica podem ser responsáveis pelo desenvolvimento de transtornos neurológicos e psiquiátricos.
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Resumo sobre acetilcolina
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A acetilcolina é um neurotransmissor.
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A acetilcolina é produzida a partir de acetilcoenzima A e colina.
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A enzima Colina-O-Acetil-Transferase (ChAT) é responsável por sua síntese.
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A acetilcolina interage com receptores específicos.
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A ação da acetilcolina só é interrompida quando ela é hidrolisada.
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Alterações no sistema de neurotransmissão colinérgica são responsáveis pelo desenvolvimento de síndromes neurológicas e psiquiátricas.
O que é a acetilcolina?
A acetilcolina trata-se de um neurotransmissor, ou seja, de um mensageiro químico que garante que uma informação seja levada de uma célula a outra. A acetilcolina é um éster de ácido acético e da colina e possui massa molar de 146,2 g/mol.
Foi o primeiro neurotransmissor a ser descoberto, e hoje se sabe que ocorre tanto em vertebrados quanto em animais invertebrados. É encontrado no sistema nervoso, tanto no central quanto no sistema nervoso periférico, e também na junção neuromuscular.
Como ocorrem a síntese e a liberação da acetilcolina?
A acetilcolina é produzida nos terminais axonais pela ação da enzima Colina-O-Acetil-Transferase (ChAT). A ChAT sintetiza a acetilcolina a partir de acetilcoenzima A e da colina. Os níveis de acetilcoenzima A são mantidos no organismo por meio do metabolismo da glicose, enquanto o suprimento de colina é proveniente, principalmente, da dieta.
Após a sua produção, a acetilcolina é transportada e armazenada em vesículas sinápticas. A liberação desse neurotransmissor ocorre por meio da exocitose, e após liberado, ele interagirá com receptores específicos. Esses receptores estão presentes em membranas pré e pós-sinápticas.
É importante destacar que após a sua ação, a acetilcolina não é recaptada. A ação da acetilcolina só é interrompida quando ela é hidrolisada pela enzima acetilcolinesterase em acetato e colina.
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Quais são os receptores da acetilcolina?
Nos animais vertebrados, observa-se a presença de dois receptores principais de acetilcolina. O primeiro deles é um canal iônico ligante-dependente encontrado na junção neuromuscular, ou seja, no local onde um neurônio motor estabelece sinapse com uma célula muscular esquelética. Nesses casos, a acetilcolina é liberada pelo neurônio e se liga ao receptor.
Nesse momento, o canal iônico se abre e é estabelecida uma atividade excitatória. Esses receptores, chamados de ionotrópicos, são também encontrados em outros locais do sistema nervoso periférico e sistema nervoso central.
O outro tipo de receptor de acetilcolina é um receptor metabotrópico encontrado em locais do sistema nervoso central e coração. No músculo cardíaco, a acetilcolina promove a ativação de uma rota de transdução de sinal. As proteínas G na rota vão inibir a adenilato ciclase e promover a abertura dos canais de potássio na membrana celular da célula muscular. Essas ações promovem a redução dos batimentos cardíacos, estando a acetilcolina, nesse caso, apresentando efeito inibitório.
Qual é a função da acetilcolina no nosso organismo?
A acetilcolina trata-se de um neurotransmissor essencial para o funcionamento do sistema nervoso, estando relacionada com funções como:
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estimulação dos músculos;
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redução da frequência cardíaca;
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regulação do sono;
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regulação de processos cognitivos, tais como memória e aprendizado.
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Acetilcolina e doenças
O funcionamento do sistema de neurotransmissão colinérgica (acetilcolina, receptores e aparato enzimático responsável pela síntese) é fundamental para o funcionamento adequado do organismo, sendo que disfunções nesse sistema são responsáveis pelo desenvolvimento de problemas neurológicos e psiquiátricos.
Conhecer o funcionamento do sistema de neurotransmissão colinérgica é fundamental, portanto, para que esses problemas sejam melhor compreendidos e tratamentos mais eficazes sejam produzidos. Dentre as doenças relacionadas ao sistema colinérgico, podemos citar:
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Doença de Alzheimer: é uma doença neurodegenerativa que pode provocar sintomas como perda da memória recente, dificuldades para acompanhar pensamentos complexos, repetição, dificuldade de exprimir ideias, irritabilidade e outros.
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Esquizofrenia: trata-se de um distúrbio que provoca, dentre outros sintomas, a ocorrência de alucinações e delírios.
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Epilepsia: trata-se de uma condição neurológica que apresenta como sintoma as chamadas crises epilépticas, as quais podem apresentar diferentes tipos, cada qual com uma característica diferente. O tipo mais comum é a crise tônico-clônica, chamada popularmente de convulsão.
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Doença de Parkinson: trata-se de uma doença neurodegenerativa que provoca sintomas como tremores de repouso, desequilíbrio, lentidão motora e rigidez entre as articulações.