Dopamina

A dopamina é um neurotransmissor da família das catecolaminas. Os neurotransmissores dessa família atuam no sistema nervoso central e influenciam, por exemplo, nosso humor.
A dopamina é um neurotransmissor da família das catecolaminas e atua, por exemplo, sobre as emoções e a atenção.
A dopamina é um neurotransmissor da família das catecolaminas e atua, por exemplo, sobre as emoções e a atenção.
Imprimir
Texto:
A+
A-

A dopamina é um neurotransmissor da família das catecolaminas, também conhecidas como aminas biogênicas. Também fazem parte desse grupo a noradrenalina e a adrenalina. Os neurotransmissores dessa família atuam no sistema nervoso central (SNC), modulando as funções de neurotransmissão relacionadas, por exemplo, às emoções, à atenção, ao aprendizado e ao sono.

Os neurotransmissores são moléculas sintetizadas, em sua maioria, a partir de aminoácidos e são encontrados nas vesículas pré-sinápticas neurais. Assim, eles atuam na resposta inibitória ou excitatória entre os neurônios após a sinapse. Muitas doenças neurológicas estão associadas a problemas na síntese de neurotransmissores.

Mecanismo de ação dopamina

A transmissão dos impulsos nervosos ocorre pela passagem de um neurônio para outro. O local em que acontece essa transmissão é denominado de sinapse. Os neurotransmissores, como a dopamina, atuam transformando os impulsos em sinais químicos para que possam ser encaminhados para o próximo neurônio, ao qual se ligam por meio de receptores.

Em seguida, a dopamina sofre recaptação pelo neurônio de origem, onde pode ser degradada por enzimas denominadas de MAO (monoaminoxidase). A ativação dos receptores pós-sinápticos causa os efeitos inibitórios ou excitatórios.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Leia também: Cérebro: funções, características e constituição

Função da dopamina

A dopamina é um neurotransmissor que atua em diversas regiões do cérebro. Sua ação influencia as nossas emoções, aprendizado, humor e atenção. Além disso, a dopamina atua controlando o sistema motor, e a sua deficiência pode afetar os movimentos.

Uma das principais características da dopamina está em sua ação no chamado sistema de recompensa. Ao realizar determinadas atividades, como beber quando se tem sede, a área tegmental do cérebro recebe os estímulos e ocorre a liberação de dopamina em determinadas regiões do cérebro, dando a sensação de prazer.

Outras regiões do cérebro, como o nucleus accumbens, também são estimuladas. Assim, esse sistema atua no aprendizado, na motivação e no reforço positivo para as atividades que garantem a manutenção da vida e da espécie.

Dopamina e serotonina

Assim como a dopamina, a serotonina é um neurotransmissor do grupo das aminas biogênicas. No sistema nervoso central, a serotonina também atua influenciando o humor, atividades motora, aprendizado, entre outras.

Além de estar relacionada à regulação do sono e do apetite, o sistema serotonérgico tem sido um dos focos para o controle de peso. A serotonina juntamente com a dopamina e outros neurotransmissores atuam sobre o sistema de recompensa.

Os neurônios estabelecem a comunicação entre si por intermédio de sinapses. Essa comunicação pode ser mediada pelos neurotransmissores.
Os neurônios estabelecem a comunicação entre si por intermédio de sinapses. Essa comunicação pode ser mediada pelos neurotransmissores.

Leia também: Glândula pineal: a glândula que contém a serotonina

Dopamina e alimentos

A dopamina é sintetizada a partir do aminoácido tirosina nos terminais axônicos dos chamados neurônios dopaminérgicos. Esse aminoácido está presente em diversos alimentos, mas também pode ser sintetizado no fígado a partir de outro aminoácido, a fenilalanina. Como a maior parte da dopamina é sintetizada pela tirosina, é importante uma alimentação bastante diversificada para garantir a síntese desse neurotransmissor.

Dopamina e as drogas

O uso de entorpecentes pode afetar a ação da dopamina, assim como a de outros neurotransmissores. Algumas drogas, como a cocaína, atuam de forma a aumentar o tempo de ação da dopamina, impedindo que ela seja recaptada após a sua liberação, dando, assim, uma sensação de prazer. Muitas drogas ligam-se aos receptores de dopamina produzindo um efeito alucinógeno. Esse é o caso, por exemplo, da LSD.

É importante destacar aqui que o uso de entorpecentes é extremamente prejudicial, pois influencia de diversas formas no funcionamento do sistema nervoso. Conforme se consomem determinadas substâncias, o sistema nervoso reage a elas.

A dependência química surge a partir do momento em que o sistema nervoso está de certa forma “adaptado” a uma determinada quantidade dessas substâncias e, para se obter o efeito esperado pelo consumo de determinada droga, o usuário acaba por aumentar a dose consumida.

Chega um momento em que se o usuário quiser reduzir o consumo de determinada substância, o sistema nervoso também é afetado, alterando o seu funcionamento, que está adaptado à presença dessas substâncias. Essa é a chamada crise de abstinência.

Deficiência de dopamina

A deficiência de dopamina está relacionada a algumas doenças, de problemas motores a problemas neurológicos, como:

  • Doença de Parkinson: ocorre a degeneração de neurônios dopaminérgicos. Em seu tratamento, são utilizados precursores de dopamina.

  • Esquizofrenia: algumas linhas de pesquisa sugerem que a esquizofrenia pode ser causada por excesso de dopamina liberada na pós-sinapse. Assim, um dos tratamentos consiste na utilização de medicamentos que bloqueiam os receptores de dopamina.