A insulina, descoberta em 1921 pelo médico russo Nicolae Paulescu (1869-1931), é um hormônio produzido nas células β das ilhotas pancreáticas, ou ilhotas de Langerhans, presentes no pâncreas. Essa estrutura é uma glândula mista, cuja parte endócrina produz a insulina, e a exócrina produz o suco pancreático.
Ao ser sintetizada, a insulina fica armazenada em grânulos, e sua secreção é mediada pelo aumento principalmente dos níveis de glicose no sangue, o que ocorre geralmente após as refeições. Alguns hormônios, como a gastrina, e o sistema nervoso também podem atuar estimulando a secreção da insulina.
→ Funções da insulina
A insulina, entre suas várias funções, promove a síntese e a degradação de proteínas. Além disso, esse hormônio age principalmente na manutenção do equilíbrio da glicose no organismo, seja impedindo a sua produção pelo fígado, seja aumentando a sua absorção por células, sobretudo as musculares e adiposas. Sua ação no fígado ocorre por meio da síntese de glicogênio a partir da glicose, do bloqueio da gliconeogênese (transformação de aminoácidos e lipídios em glicose) e da glicogenólise, que é a transformação do glicogênio em glicose.
A glicose é um dos principais carboidratos, pois é fonte de energia para todos os seres vivos. No entanto, o aumento da sua concentração no sangue pode desencadear diversas doenças, como obesidade e diabetes mellitus.
A insulina é utilizada no tratamento do diabetes mellitus, principalmente do tipo I, que é uma doença caracterizada pela destruição das células β das ilhotas pancreáticas. A administração de insulina faz-se necessária, pois, com a destruição das células β, o organismo torna-se incapaz de produzi-la ou produz esse hormônio em quantidades insuficientes para o seu bom funcionamento.
Por Ma. Helivania Sardinha dos Santos