Animais ameaçados de extinção

Os animais ameaçados de extinção no Brasil chegam a 1.173 espécies. Tudo o que ocasiona a retirada da natureza ou a destruição do habitat constitui risco para esses seres.

Por Helivania Sardinha dos Santos

No Brasil, dez espécies estão extintas em território nacional, como o Maçarico-esquimó
Imprimir
Texto:
A+
A-

PUBLICIDADE

O processo natural de extinção de espécies sempre ocorreu, no entanto, não levava ao seu total extermínio, pois a variabilidade genética permitia que novas espécies surgissem. Atualmente, observamos um processo de extinção acelerado decorrente das ações antrópicas, principalmente relacionadas ao aquecimento global e destruição da camada de ozônio, o que limita o processo evolutivo e causa a extinção de muitos animais.

Consideram-se ameaças aos animais tudo o que pode ocasionar diretamente a sua retirada da natureza ou a destruição de seu habitat. No Brasil, as principais ameaças estão relacionadas às atividades agropecuárias, expansão urbana, geração e transmissão de energia. A construção de hidrelétricas tem afetado não apenas as espécies terrestres, com a destruição das matas, mas a alteração dos corpos d'água atinge também profundamente as espécies aquáticas, que ainda são afetadas pela pesca predatória e poluição.

Para determinar em qual categoria de risco de extinção a espécie encontra-se, existem alguns critérios que devem ser avaliados com muita cautela, por exemplo, se a população apresenta ou apresentará uma redução em um determinado período de tempo em seu número de indivíduos capazes de reproduzirem-se, a distribuição geográfica da população, entre outros. O nível taxonômico avaliado dos indivíduos geralmente é o de espécie, que pode também chegar à subespécie.

Para mais detalhes sobre esses critérios, acesse o site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade: http://www.icmbio.gov.br.

→ Categorias de risco de extinção

Após a avaliação dos fatores citados anteriormente, as espécies são classificadas em categorias (a sigla para cada categoria, por convenção, é determinada na língua inglesa):

  • Extinta (EX): uma espécie é considerada Extinta quando, após avaliação adequada, não restam dúvidas que seu último indivíduo tenha morrido;

  • Extinto na Natureza (EW): uma espécie é considerada Extinta na Natureza quando são observados indivíduos sobrevivendo apenas fora da sua área de distribuição natural, geralmente em cultivos e cativeiros;

  • Regionalmente Extinta/Extinta no Brasil (RE): uma espécie é considerada Regionalmente Extinta quando provavelmente o último indivíduo potencialmente capaz de reproduzir-se na região, ou o último indivíduo da espécie visitante, tenha morrido ou desaparecido da natureza;

  • Criticamente em Perigo (CR): uma espécie é considerada Criticamente em Perigo quando ela se enquadra em um dos pontos avaliados para essa categoria. Assim, seu risco de extinção na natureza é alto;

  • Em Perigo (EN): uma espécie é considerada Em Perigo quando ela se enquadra em um dos pontos avaliados para essa categoria. Assim, seu risco de extinção na natureza também é alto;

  • Vulnerável (VU): uma espécie é considerada Vulnerável quando ela se enquadra em um dos pontos avaliados para essa categoria. Assim, seu risco de extinção na natureza é alto;

  • Quase Ameaçada (NT): uma espécie é considerada Quase Ameaçada quando ela não se enquadra como Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável, mas pode vir a enquadrar-se em uma dessas categorias de ameaça em um futuro próximo;

    Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
  • Menos Preocupante (LC): uma espécie é considerada Menos Preocupante quando ela não se enquadra como Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável.

  • Dados Insuficientes (DD): uma espécie é considerada com Dados Insuficientes quando não há informação adequada para avaliar o risco de extinção. Geralmente, faltam dados adequados sobre a sua distribuição e/ou abundância e, diante disso, são necessárias mais pesquisas.

  • Não Aplicável (NA): esta categoria é aplicável a espécies que não pertencem a populações selvagens, não estão em sua distribuição natural, ocorrem em números muito baixos na região, ou o nível taxonômico dos indivíduos encontrados é mais baixo do que o considerado elegível, que são espécie ou subespécie.

  • Não Avaliado (NE): considera-se como Não Avaliado quando a espécie ainda não foi avaliada sob os critérios da UICN.

Animais extintos no Brasil

De acordo com a última avaliação, em 2014, o Brasil apresentava cerca de 1.173 espécies de sua fauna ameaçadas de extinção, dez são consideradas extintas – esse é o caso do anfíbio Phrynomedusa fimbriata –, ou extintas no território brasileiro, como as aves arara-azul pequena (Anodorhynchus glaucus) e o maçarico-esquimó (Numenius borealis).

Entre as espécies ameaçadas, podemos destacar o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus). Esse animal é encontrado no Cerrado e nos Pampas e está classificado na última avaliação como Vulnerável (VU) devido ao grau de desmatamento do Cerrado, o que leva a crer que a sua população sofrerá uma drástica redução nos próximos anos.

O lobo-guará é uma espécie ameaçada de extinção por causa da destruição de um de seus habitats, o Cerrado

O lobo-guará é uma espécie ameaçada de extinção por causa da destruição de um de seus habitats, o Cerrado

Destacamos também a onça-pintada (Panthera onca) que, embora ocorra em praticamente todos os biomas, apresenta uma população muito pequena, cerca de 10 mil indivíduos e, por isso, é classificada como Vulnerável (VU). A redução de sua população acontece devido à fragmentação de habitats, decorrente da expansão agrícola, implementação de hidrelétricas, entre outros, além da caça, principalmente em retaliação à predação de animais domésticos. Vale destacar que essa espécie somente se alimenta de animais domésticos quando há invasão e destruição de seu habitat natural pelo homem.

A onça-pintada, presente em todos os biomas, está ameaçada de extinção por causa da caça, entre outros fatores
A onça-pintada, presente em todos os biomas, está ameaçada de extinção por causa da caça, entre outros fatores

Dentre as opções, qual não corresponde às funções da membrana plasmática? Ícone de indicação de resposta incorreta Oops! Resposta incorreta. Resposta correta: Ícone de indicação de resposta correta Parabéns! Resposta correta.
A Delimitar a célula, separando o meio interno do externo
B Coordenar a síntese e o agrupamento das microfibrilas em células vegetais
C Produzir RNA a através da transcrição
Ver resposta