Classificar os seres vivos é de extrema importância para o estudo dos organismos, pois podemos conhecer a sua história evolutiva e distribuição pelo planeta. Inicialmente, esse trabalho de classificação, chamado de taxonomia ou sistemática, era realizado principalmente pela análise de características anatômicas semelhantes, que indicavam um grau de parentesco entre os grupos. Atualmente, com o avanço dos estudos moleculares e análises de sequências de DNA, essa classificação pode ser realizada de forma mais aprofundada.
No final dos anos de 1960, a classificação com cinco reinos tinha bastante aceitação. Um dos principais pontos analisados nessa classificação era o tipo de célula: eucariótica e procariótica. Entretanto, com o avanço dos estudos filogenéticos, foi possível observar que as diferenças entre os organismos poderiam ir muito além e, assim, adotou-se um novo sistema de classificação, proposto por Carl Woese em 1977.
Woese analisou moléculas de RNA que formam os ribossomos e concluiu que os eucariontes são bem próximos, mas os procariontes formam grupos distintos. O sistema de Woese classifica os seres vivos em três domínios: Bacteria, Archaea e Eukaria. Esses três domínios são um nível taxonômico superior ao nível de reino.
→ Domínio Bacteria
Agrupa a maioria dos procariontes unicelulares, como bactérias e cianobactérias.
→ Domínio Archaea
Agrupa procariontes com características bioquímicas distintas e que geralmente habitam regiões com condições extremas.
→ Domínio Eukaria
Agrupa todos os organismos eucariontes unicelulares e multicelulares, como fungos, animais, plantas e organismos anteriormente classificados como protistas.
Atualmente, apenas os reinos Plantae, Fungi e Animalia são reconhecidos pela maioria dos biólogos, pois o reino Monera possui membros distribuídos em dois domínios, e o reino Protista possui membros mais relacionados a outros grupos, como as plantas.
Aproveite para conferir a nossa videoaula sobre o assunto: