Vitamina B6

A vitamina B6, também denominada de piridoxina, é uma vitamina hidrossolúvel importante para o metabolismo de aminoácidos.
A carne de porco é uma importante fonte de vitamina B6
A carne de porco é uma importante fonte de vitamina B6
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As vitaminas são substâncias importantes para o funcionamento do corpo que normalmente devem ser retiradas da alimentação. Podem ser classificadas em hidrossolúveis e lipossolúveis, sendo esse primeiro grupo formado pela vitamina C e as vitaminas do Complexo B, tais como a vitamina B6.

A vitamina B6, também denominada de piridoxina, é um termo usado para englobar três compostos de ação antidermatítica: a piridoxamina, a piridoxina e o pidoxal. Foi identificada em 1938 por György, que estudava uma doença de pele em ratos. Suas necessidades nutricionais foram estabelecidas na década de 1950.

Essa vitamina apresenta papel fundamental nas transformações metabólicas de aminoácidos e está associada à gliconeogênese, à transformação de triptofano em niacina, à produção de neurotransmissores e à formação das moléculas de hemoglobina. Além disso, está relacionada com o metabolismo de homocisteína, um aminoácido utilizado para verificar os riscos de doenças cardiovasculares.

A vitamina B6 é absorvida no intestino delgado, principalmente no jejuno, e é transformada na forma metabolicamente ativa no fígado. Normalmente seu armazenamento ocorre no tecido muscular e sua excreção ocorre via urina, podendo ser eliminada também discretamente pelo leite e suor.

Tanto os alimentos de origem animal quanto os de origem vegetal apresentam a vitamina B6, mas em quantidades diferentes. Nos alimentos obtidos a partir de animais, são encontradas principalmente a piridoxamina e o piridoxal, enquanto nos vegetais é comum a presença de piridoxina. Entre os alimentos ricos nessa vitamina, merecem destaque a levedura, as vísceras, carnes, cereais, castanhas e soja. Vale destacar que alimentos cozidos podem perder até 40% do teor de B6.

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Como a vitamina é encontrada em grande parte dos alimentos, sua deficiência é pouco relatada, sendo observada com maior frequência em lactantes e gestantes. Quando esse problema acontece, é capaz de deixar os pacientes com depressão, confusão mental, irritabilidade, estomatite e inflamação na língua (glossite) e nos lábios (queilite).

Quando há suspeita de deficiência de B6, recomenda-se a suplementação com várias vitaminas do Complexo B. Isso ocorre porque normalmente a carência está relacionada com uma baixa disponibilidade de outras vitaminas hidrossolúveis.

Em casos de ingestão prolongada e em grande quantidade, pode manifestar-se um problema conhecido como neuropatia sensitiva periférica. Esse problema gera dormência nas mãos e nos pés, fraqueza e diminuição da capacidade de perceber sons. Vale frisar que, ao retomar as doses adequadas, a neuropatia é revertida.

Atualmente, recomenda-se a ingestão, para adultos, de 1,3 mg de vitamina B6 por dia. Em gestantes e lactantes, são recomendados, respectivamente, 1,9 mg e 2,0 mg por dia. No caso de crianças em idade escolar (7 a 10 anos de idade), a recomendação é de 1,0 mg diariamente.


Por Ma. Vanessa dos Santos