Na Botânica, é bastante comum falar em frutos, afinal, eles têm papel fundamental na reprodução das angiospermas. No dia a dia, ouvimos muito o uso do termo frutas. Qual é a diferença entre eles?
O fruto é o ovário maduro da flor das angiospermas. Após o processo de fecundação, o ovário da flor desenvolve-se e forma o fruto, e os óvulos, as sementes.
Os frutos têm como função proteger as sementes e auxiliam na dispersão delas. Eles possuem uma parede denominada de pericarpo, que pode apresentar-se de forma mais desenvolvida, bastante carnosa e suculenta, ou ser seca. O pericarpo é constituído por três camadas: epicarpo, mesocarpo e endocarpo.
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Epicarpo: camada mais externa, é a casca do fruto;
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Mesocarpo: camada intermediária onde se acumulam substâncias de reserva. Pode ser mais espesso e suculento que as outras camadas;
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Endocarpo: camada fina, a mais interna.
O termo fruta não tem um significado botânico e é popularmente designado às partes comestíveis, geralmente suculentas e adocicadas, que se originaram da flor, mas que nem sempre se desenvolveram do ovário. Assim, podemos dizer que nem toda fruta é um fruto. Quando essas estruturas suculentas originam-se de outras partes da flor, são denominadas de pseudofrutos. No caju, por exemplo, a parte suculenta desenvolve-se do pedúnculo de uma única flor, e o fruto é a castanha.
Assim, como nem toda fruta é um fruto, nem todo fruto é uma fruta. É o que ocorre com o tomate e o jiló, por exemplo. Eles se desenvolvem a partir do ovário da flor, sendo, portanto, frutos verdadeiros; no entanto, não são popularmente denominados de frutas.
Por Ma. Helivania Sardinha dos Santos