Soro antiofídico

O soro antiofídico é utilizado para neutralizar o veneno de serpentes e é fabricado por meio da hiperimunização de animais.
Os soros antiofídicos são usados para evitar consequências graves em acidentes com serpentes
Os soros antiofídicos são usados para evitar consequências graves em acidentes com serpentes
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O soro antiofídico é utilizado como antídoto quando uma pessoa é picada por uma serpente. Esse produto é formado por anticorpos e o seu principal objetivo é neutralizar o veneno que se encontra no sangue e nos tecidos da pessoa que sofreu a picada.

Os soros antiofídicos são produzidos a partir do veneno retirado da própria serpente e da hiperimunização de animais. Primeiramente, obtém-se o veneno da serpente da qual se deseja produzir o soro. Posteriormente, esse veneno é inoculado em um animal, normalmente o cavalo, que produz anticorpos contra esse antígeno. Após a produção dos anticorpos, é realizada uma sangria, em que se retira cerca de 3% do peso total do animal em sangue. Após a retirada do sangue, este é enviado para laboratórios, que separam a parte ativa e verificam a qualidade do produto produzido.

Existem diferentes tipos de soro antiofídico, que são fabricados a partir do veneno de diferentes serpentes. Sendo assim, é importante capturar a serpente ou descrevê-la ao médico no momento da aplicação do soro para que o profissional consiga escolher o produto adequado para aquela determinada espécie.

Entre os principais tipos de soro antiofídico produzidos no Brasil, podemos citar:

Anticrotálico: Soro utilizado para o tratamento de acidentes com cobras cascavéis (gênero Crotalus).

Antibotrópico: Soro utilizado para o tratamento de acidentes com jararacas (gênero Bothrops).

Antielapídico: Soro utilizado para o tratamento de acidentes com serpentes da família das corais (gênero Micrurus).

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Polivalente: Soro utilizado quando não se sabe a serpente que picou o paciente. Esse produto é feito com venenos de jararaca e cascavel.

Assim como qualquer medicamento, o soro antiofídico pode desencadear reações adversas após a aplicação. É comum o relato de coceira e vermelhidão na pele, vômitos, tosse e crise de asma. Apesar de pouco frequente, pode ocorrer choque anafilático, a forma mais grave de reação de hipersensibilidade. Pode ocorrer também uma reação tardia conhecida como Doença do Soro, que surge de 5 a 24 dias após a administração do soro e desencadeia coceira, febre, aumento de gânglios, dores articulares e até mesmo comprometimento neurológico e renal.

O uso dos soros antiofídicos é a principal forma de evitar consequências graves em decorrência de picadas de serpentes. Sendo assim, procure seu médico caso sofra esse tipo de acidente. É importante também que nenhuma substância seja aplicada no local da picada, não sejam realizados torniquetes e cortes no local e o paciente mantenha-se calmo, hidratado e em repouso enquanto procura um hospital.

Atenção: Para evitar acidentes com serpentes, lembre-se sempre de usar botas ou perneiras quando estiver em locais que podem esconder esses animais e nunca colocar a mão embaixo de entulhos, dentro de tocas, buracos e cupinzeiros.


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