Para um leigo, é difícil entender, muitas vezes, a variedade de termos utilizados para descrever corretamente os modos de transmissão de uma determinada doença. Ao falar da dengue, por exemplo, sabemos que o mosquito Aedes aegypti é o responsável por transmitir o vírus causador da doença. Mas, afinal, qual seria a denominação correta para o Aedes aegypti: vetor ou agente etiológico?
A seguir mostraremos a diferença entre um vetor e um agente etiológico, dois termos muito comuns quando o assunto é transmissão de doenças.
→ Vetor
Os vetores são os veículos de transmissão do agente causador da doença, ou seja, é o organismo capaz de transmitir o ser vivo que realmente desencadeará uma enfermidade. No caso do mosquito Aedes, ele seria o vetor para o vírus causador da dengue, além, é claro, de ser vetor de outras doenças, como a zika, chikungunya e febre amarela.
Vários seres vivos podem servir como vetores, como é o caso de alguns moluscos e insetos. Esses vetores podem ser classificados em dois tipos básicos: vetores biológicos e mecânicos. Os vetores biológicos são aqueles em que o agente causador da doença multiplica-se e desenvolve-se em seu interior. Já o vetor mecânico é aquele que apenas serve como veículo de transporte.
→ Agente etiológico ou patógeno
O agente etiológico, também chamado de patógeno, é o organismo responsável por provocar a doença, ou seja, é o que desencadeia os sinais e sintomas típicos de um determinado problema de saúde. No caso da dengue, o vírus causador da dengue seria o agente etiológico, e não o mosquito, que, como já vimos, é o vetor.
O agente etiológico pode ser um vírus, uma bactéria, um fungo, um protozoário, um nematelminto ou até mesmo um platelminto. A Mycobacterium tuberculosis, por exemplo, é uma bactéria causadora da tuberculose, sendo, portanto, o agente etiológico dessa doença. Já a Taenia solium é o agente etiológico da doença conhecida como teníase.
ATENÇÃO: Como vimos no texto, o vetor é o agente responsável por transmitir o agente etiológico. Entretanto, vale destacar que nem toda doença necessita de um vetor para ser transmitida, sendo necessário apenas o agente causador. Esse é o caso, por exemplo, do ebola.
Por Ma. Vanessa dos Santos