Eritroblastose fetal

A eritroblastose fetal é causada pela incompatibilidade sanguínea entre mãe e feto relacionada ao fator Rh e ocorre quando o sangue materno apresenta Rh- e o do filho, Rh+.

Por Helivania Sardinha dos Santos

O encontro do sangue fetal de Rh+ com o da mãe de Rh- estimula a produção de anticorpos contra o antígeno Rh do feto
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A eritroblastose fetal, ou doença hemolítica do recém-nascido (DHRN), é causada pela incompatibilidade sanguínea entre mãe e feto relacionada ao fator Rh, que é determinado pela presença do antígeno Rh nas hemácias. Essa doença pode ocorrer quando a mãe não apresenta o fator Rh (nesse caso, chamado de Rh-) e o filho apresenta o fator Rh (chamado de Rh+).

Eventualmente, pode haver uma pequena passagem de sangue fetal para o organismo da mãe por causa do rompimento de capilares presentes na placenta, principalmente na hora do parto, o que estimulará a produção de anticorpos contra o antígeno Rh presente no sangue do feto. Como essa produção é lenta, no caso de ser uma primeira gestação, a criança pode não ser afetada.

Em uma segunda gestação de uma criança Rh+, a mãe que já foi sensibilizada ao final da primeira gravidez apresenta os anticorpos no sangue, que atravessam a placenta, penetram na circulação fetal e causam a destruição das hemácias. Em seguida, os órgãos produtores de sangue do feto lançam na corrente sanguínea hemácias ainda jovens, denominadas eritroblastos.

Essa doença também pode ocorrer em casos em que a mãe de fator Rh- recebe sangue Rh+ em uma transfusão sanguínea. Assim, em gestações de fetos Rh+, há o risco de desenvolvimento de eritroblastose.

Complicações

Ao nascer, a criança com essa doença apresenta anemia e icterícia. A icterícia é causada pelo acúmulo de bilirrubina – um pigmento amarelo produzido a partir da hemoglobina da hemácia destruída – nos tecidos, o que deixa o bebê com a pele amarelada. Esse pigmento também pode acumular-se no cérebro e, assim, causar surdez e problemas mentais. A eritroblastose fetal pode levar também ao aborto espontâneo.

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Tratamento

Após o nascimento da criança, realiza-se a troca gradativa de seu sangue por sangue Rh-, pois as hemácias desse tipo de sangue não são destruídas pelos anticorpos da mãe presentes em seu corpo. Com o passar do tempo, os anticorpos são eliminados e novas hemácias Rh+ são produzidas, substituindo gradativamente as Rh-.

Prevenção

A prevenção da eritroblastose fetal inicia-se com a realização de exames de tipagem sanguínea dos pais, antes mesmo do início da gestação, para que se possa verificar a possibilidade de a mãe de Rh- gerar uma criança de Rh+. Havendo essa possibilidade, entre a 28ª semana e a 30ª semana de gestação, ou até 72 horas após o parto, a mãe deve receber injeção de anticorpos anti-Rh. Esses anticorpos destroem as hemácias Rh+ deixadas pelo feto no organismo materno. Com o passar do tempo, esses anticorpos também são eliminados, deixando o organismo materno pronto para uma nova gestação.


Por Ma. Helivania Sardinha dos Santos

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