Transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

O transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é caracterizado principalmente pela falta de atenção, comportamento hiperativo e impulsivo.

Por Helivania Sardinha dos Santos

O transtorno de deficit de atenção e hiperatividade é caracterizado principalmente pela falta de atenção, hiperatividade e impulsividade.
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O transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico cujas características principais são a falta de atenção, além do comportamento hiperativo e impulsivo.

Acredita-se que as causas do TDAH possam ser principalmente genéticas e ambientais. Estudos mostram que cerca de 25% dos parentes de primeiro grau de crianças com TDAH também apresentam o transtorno. Em relação a fatores ambientais, pode-se destacar algum dano ou doença neurológica, níveis elevados de chumbo, entre outras complicações. Alguns autores acreditam que fatores psicossociais também possam estar relacionados ao surgimento e manutenção da doença, principalmente, problemas familiares.

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Hiperatividade

A hiperatividade é caracterizada por um comportamento acelerado do indivíduo, como:

  • a fala em demasia;

  • não conseguir permanecer muito tempo sentado para realização de atividades escolares ou mesmo de lazer;

  • está frequentemente agitando pés e mãos;

  • apresenta dificuldade para brincar ou se envolver de forma silenciosa em atividades de lazer;

  • está sempre correndo ou escalando, mesmo em situações em que isso seja inadequado;

  • está sempre agitado, o popular “a todo vapor”.

Em adultos, o comportamento de correr ou escalar não é observado, no entanto, pode-se observar uma constante sensação de inquietação do indivíduo.

Durante um período, por volta da década de 1970, a denominação do transtorno de deficit de atenção e hiperatividade era distúrbio do deficit de atenção (DDA) com ou sem hiperatividade. A característica enfatizada era a desatenção, embora a hiperatividade fosse o principal comportamento avaliado.

Em 1987, a hiperatividade ganha maior ênfase e passa a integrar a nomenclatura. A partir de 1994, após várias revisões e estudos realizados, a nomenclatura, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais - DSM-IV-RTM , passou a ser distúrbio do deficit de atenção/hiperatividade – ADHD (Attention-Deficit Hiperactivity Disorder). No Brasil, a nomenclatura utilizada é transtorno de deficit de atenção e hiperatividade.

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Sintomas

Os sintomas do TDAH surgem ainda na infância, geralmente antes dos sete anos de idade. O TDAH é caracterizado por uma tríade sintomática: desatenção-hiperatividade-impulsividade.

  • Desatenção: o indivíduo distrai-se facilmente por estímulos alheios à atividade que está executando; apresenta dificuldade em organizar, manter a atenção e seguir instruções para a realização de atividades; relutância para a realização de tarefas que exigem concentração e organização; falta de atenção nos discursos alheio e mudança frequente de assunto, entre outros.

  • Impulsividade: o indivíduo age sem pensar, por exemplo, dando respostas precipitadas, muitas vezes respondendo antes mesmo que a pergunta tenha sido feita completamente; dificuldade em esperar sua vez para a realização de alguma atividade; intromissão em conversas ou atividades alheias, dentre outros.

Os sintomas da hiperatividade foram destacadas no tópico anterior.

Leia também: Doenças psicológicas

O indivíduo que apresenta a hiperatividade não consegue permanecer muito tempo sentado para realização de atividades escolares ou mesmo de lazer.
O indivíduo que apresenta a hiperatividade não consegue permanecer muito tempo sentado para realização de atividades escolares ou mesmo de lazer.

Diagnóstico

O TDAH é diagnosticado ainda na infância, principalmente, na fase escolar. Embora ele tenha tratamento, como está descrito mais adiante, ele acompanhará o indivíduo por toda a vida. O diagnóstico do TDAH é realizado segundo critérios como os do Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais - DSM-IV-RTM e do CID 10.

Alguns exames neurológicos e genéticos podem ser pedidos, no entanto, o diagnóstico é clínico e realizado excluindo a possibilidade de outras patologias. Para isso, é realizada uma entrevista estruturada e aplicação de questionário baseado nos critérios do DSM-IV-RTM. É importante destacar que os testes disponíveis em internet não diagnosticam TDAH.

Para a realização do diagnóstico, deve ser observado se o indivíduo apresenta uma determinada quantidade de sintomas da tríade sintomática, a frequência e intensidade desses sintomas e se esses sintomas levam a prejuízos significativos em seu desenvolvimento, afetando, por exemplo, seu desenvolvimento escolar e suas relações sociais.

A realização da avaliação diagnóstica deve ocorrer a cada seis meses. A recomendação é que se observe a presença de seis ou mais sintomas no indivíduo para a realização do diagnóstico, entretanto, têm-se sugerido que se observe também os prejuízos causados para o indivíduo, assim, a quantidade de sintomas observados pode ser menor. Diante do avaliado, pode-se caracterizar três subtipos de TDAH, segundo o DSM-IV-RTM , como veremos a seguir.

Subtipos

Segundo o DSM-IV-RTM , podem ser caracterizados três subtipos de TDAH:

  1. TDAH predominantemente desatento: é observado os aspectos da desatenção, mas não hiperatividade e impulsividade;

  2. TDAH predominantemente hiperativo/impulsivo: é observado os aspectos da da hiperatividade e impulsividade, mas não da desatenção;

  3. TDAH combinado: são observados os aspectos da desatenção, assim como os de hiperatividade e impulsividade.

Como dito anteriormente, essa avaliação ocorre a cada seis meses, sendo que a classificação do subtipo de TDAH é feita segundo o que foi observado no indivíduo nos últimos seis meses. Alguns estudos têm mostrado que há uma maior incidência do subtipo combinado, podendo chegar a 80% dos casos.

Tratamento

O tratamento do TDAH ocorre por meio de múltiplas abordagens, como as psicossociais e farmacológicas. É importante destacar que a medicação só deve ser feita após o diagnóstico correto e com a devida orientação médica.

A realização de terapia cognitiva-comportamental auxilia não apenas na melhora dos sintomas, mas também em comportamentos associados. A família também deve ser acompanhada e orientada para compreender melhor o transtorno, além de aprender as melhores estratégias para auxiliarem seus filhos.

O Transtorno de deficit de Atenção e Hiperatividade afeta entre 3% e 7% das crianças e adolescentes em fase escolar.
O Transtorno de deficit de Atenção e Hiperatividade afeta entre 3% e 7% das crianças e adolescentes em fase escolar.

Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade na escola

O TDAH afeta cerca de 3% a 7% das crianças e adolescentes em fase escolar. Os sintomas geralmente surgem antes dos sete anos de idade, todavia os sintomas começam a ser percebidos muitas vezes apenas na idade escolar, isto se deve ao fato de que o transtorno pode afetar o seu rendimento.

No entanto, é importante destacar que é essencial que o diagnóstico do TDAH seja feito por um profissional capacitado, pois atualmente, é observada a realização de diagnósticos de forma intuitiva, simplesmente pelo fato de a criança ou adolescente, por exemplo, não seguirem instruções de pais e professores ou por não apresentarem interesse pelos estudos.

As crianças e adolescentes que apresentam TDAH requerem uma atenção especial durante a fase escolar. É essencial que haja uma melhor capacitação dos professores e demais profissionais da educação para que saibam como trabalhar com esses alunos de forma que alcancem um melhor aproveitamento.

Algumas atitudes podem auxiliar o aluno com TDAH, como sentá-lo na primeira fila, longe de distrações e próximo aos professores; a manutenção de uma rotina para que o aluno mantenha um bom nível de organização; a realização de atividades com explicação detalhada e que não sejam muito longas; uma maior individualização de atendimento; acompanhamento psicopedagógico; reforço escolar, quando necessário, entre outras.

Alguns medicamentos podem ser indicados para que sejam usados apenas nos períodos escolares, para auxiliar, por exemplo, na atenção e concentração, sendo suspensos em férias e fins de semana. A suspensão, nesses períodos, visa a amenizar os efeitos colaterais que podem surgir com o uso desses medicamentos. Toda a medicação e forma de utilização devem ser indicadas pelo médico responsável.

Dentre as opções, qual não corresponde às funções da membrana plasmática? Ícone de indicação de resposta incorreta Oops! Resposta incorreta. Resposta correta: Ícone de indicação de resposta correta Parabéns! Resposta correta.
A Delimitar a célula, separando o meio interno do externo
B Coordenar a síntese e o agrupamento das microfibrilas em células vegetais
C Produzir RNA a através da transcrição
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