O inquilinismo é uma relação ecológica interespecífica harmônica, na qual uma espécie utiliza outra como um abrigo ou como suporte. Nessa interação, uma espécie é beneficiada, enquanto a outra não é afetada, seja de forma prejudicial, seja de forma benéfica.
Um exemplo clássico de inquilinismo em animais é a interação entre o pepino-do-mar e o peixe-agulha. Na detecção de algum problema, o peixe-agulha busca proteção abrigando-se no interior do corpo do pepino-do-mar, que é uma espécie de equinodermo. Nessa interação, o pepino-do-mar não é afetado de forma negativa nem positiva.
Algumas espécies de plantas utilizam outras como suporte. Em regiões tropicais, por exemplo, onde são encontradas regiões com a vegetação bastante densa, é comum encontrar orquídeas e bromélias presas nos altos galhos de árvores. Elas usam as árvores como suporte para ter um maior acesso à energia luminosa. Assim, essas plantas, chamadas de epífitas, garantem uma vantagem sobre as de pequeno porte que vivem fixas ao solo. Esse tipo de interação entre as plantas também é conhecida como epifitismo.
O epifitismo diferencia-se do parasitismo em plantas, como ocorre no caso do cipó-chumbo, pois, as epífitas não retiram nenhum tipo de alimento das plantas em que vivem.
→ É importante destacar:
Atualmente o conceito de comensalismo foi estendido para além das relações alimentares. Assim, alguns autores consideram o inquilinismo como um tipo de comensalismo.
Por Ma. Helivania Sardinha dos Santos