A epistasia é um tipo de interação gênica que ocorre quando dois ou mais genes atuam sobre uma mesma característica. No caso desse tipo de interação gênica, um gene atua inibindo a ação do outro para determinada característica. Os alelos de um gene que inibem a manifestação dos alelos de outro par são denominados epistáticos, e os alelos que são inibidos, hipostáticos.
→ Tipos de epistasia
• Epistasia recessiva: os alelos epistáticos somente se manifestam em homozigose.
Exemplo: A cor dos pelos de cães labradores.
A cor dos pelos de cães labradores é determinada por dois pares de alelos. Um par determina o pigmento do pelo: o alelo B determina a cor do pelo preta, que é dominante sobre a cor marrom (chocolate), determinada pelo alelo b, que se manifesta em homozigose (bb). No entanto, um outro par determina se os pigmentos marrom ou preto serão ou não depositados no pelo: o alelo E determina que a cor preta ou marrom, dependendo do alelo presente no gene do animal, pode manifestar-se. Já o alelo e, em homozigose (ee), determina a cor amarela nos pelos, independentemente da presença do alelo para cor marrom ou preta. Assim, os alelos para o depósito desse pigmento são epistáticos para os alelos que determinam o pigmento do pelo marrom ou preto.
• Epistasia dominante: Nesse tipo, um alelo dominante impede a manifestação do alelo de outro gene.
Exemplo: A cor das penas em galinhas.
A cor das penas em galinhas é determinada por dois pares de alelos. Um par determina a pigmentação das penas: o alelo C determina a produção de pigmentos, e o alelo c não produz pigmento. Já o alelo I atua impedindo a manifestação do alelo C, ou seja, impedindo que haja a coloração das penas. O alelo i não causa nenhum impedimento. Assim, o alelo I, dominante, é epistático para o alelo C, que determina a pigmentação das penas.
Por Ma. Helivania Sardinha dos Santos
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/genetica/epistasia.htm