A fertilização in vitro (FIV) é um procedimento de reprodução assistida que consiste em técnicas que permitem, em laboratório, realizar a fecundação do óvulo pelo espermatozoide e, em seguida, transferir o embrião formado nesse processo para o corpo da mulher para que complete o seu desenvolvimento.
A fertilização in vitro apresenta algumas etapas:
Estimulação controlada do crescimento folicular para que ocorra o desenvolvimento de vários ovócitos;
Punção transvaginal para colheita dos ovócitos;
Colheita do sêmen (que ocorre no mesmo dia da punção);
Processo de fertilização in vitro propriamente dito;
Transferência dos embriões para o útero da paciente.
O número de embriões a ser transferido para o útero deve considerar alguns fatores, como a idade da mulher e os embriões viáveis.
No Brasil, existe uma resolução (CFM nº 2.168/2017) que estabelece normas para a realização da reprodução assistida. Entre essas normas, podemos destacar:
“É permitido o uso das técnicas de reprodução assistida para relacionamentos homoafetivos e pessoas solteiras, respeitado o direito a objeção de consciência por parte do médico;
Quanto ao número de embriões a serem transferidos, fazem-se as seguintes determinações de acordo com a idade: a) mulheres até 35 anos: até 2 embriões; b) mulheres entre 36 e 39 anos: até 3 embriões; c) mulheres com 40 anos ou mais: até 4 embriões; d) nas situações de doação de oócitos e embriões, considera-se a idade da doadora no momento da coleta dos oócitos. O número de embriões a serem transferidos não pode ser superior a quatro;
A idade limite para a doação de gametas é de 35 anos para a mulher e de 50 anos para o homem;
A doação não poderá ter caráter lucrativo ou comercial;
Os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa;
Os embriões criopreservados com três anos ou mais poderão ser descartados se esta for a vontade expressa dos pacientes;
Os embriões criopreservados e abandonados por três anos ou mais poderão ser descartados.”
A primeira criança gerada por meio dessa técnica, denominada “bebê de proveta”, nasceu na Inglaterra em 1978. Desde então, as técnicas aprimoraram-se, mas algumas questões continuam a ser debatidas, como: quem deverá ter acesso a esse tipo de reprodução assistida? O que deverá ser feito com os embriões excedentes? Embora essas questões ainda venham sendo debatidas, é importante destacar que esse tipo de fertilização é de extrema importância e é a esperança de muitos indivíduos que não conseguem ter filhos naturalmente.
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/embriologia-reproducao-humana/fertilizacao-in-vitro.htm