Espermatogênese pode ser definida como processo em que ocorrem a formação e o desenvolvimento do espermatozoide. Esse processo ocorre nos testículos, mais precisamente nos túbulos seminíferos. De uma maneira geral, a espermatogênese dura, em média, sete semanas.
Leia mais sobre: Espermatozoide
Durante a fase embrionária do indivíduo, formam-se células germinativas que, nos testículos maduros (puberdade), dão origem a espermatogônias após passarem pelo processo de mitose (divisão celular em que a célula-mãe dá origem a células-filhas com mesmo número de cromossomos). As espermatogônias podem dividir-se e dar origem a outras espermatogônias (espermatogônias do tipo A) ou se dividirem e tornarem-se espermatogônias do tipo B. As espermatogônias do tipo B dividem-se também por mitose e dão origem ao espermatócito primário.
Observe atentamente as etapas da espermatogênese
O espermatócito, então, entra no processo de meiose, processo de divisão celular que dará origem a células com metade do número de cromossomos da célula-mãe. Ao final da meiose I, os espermatócitos primários passam a ser chamados de espermatócitos secundários e possuem metade do número de cromossomos. Essas células entram em mitose II e dão origem às chamadas espermátides. Um espermatócito primário será responsável, ao final da meiose, pela origem de quatro espermátides, cada uma com 23 cromossomos.
Todo esse processo pode ser dividido, portanto, em três etapas: multiplicação, crescimento e maturação. Na multiplicação, temos o aumento do número das espermatogônias. No crescimento, temos a formação dos espermatócitos primários. Na etapa de maturação, temos a ocorrência da meiose e a consequente formação das espermátides.
Após formadas, as espermátides entram no processo de espermiogênese, que se caracteriza pelo surgimento de várias mudanças responsáveis pela diferenciação da célula e pela formação do espermatozoide.
Os espermatozoides são formados nos túbulos seminíferos
Na espermiogênese, fase final do processo, as espermátides sofrem mudanças e formam os espermatozoides. Dentre as principais modificações ocorridas, podemos destacar:
Formação do acrossoma: Essa estrutura forma-se a partir do complexo golgiense e destaca-se pela presença de várias enzimas que ajudarão o espermatozoide a penetrar no ovócito (gameta feminino).
O núcleo condensa-se e alonga-se.
Perde-se parte do citoplasma.
Forma-se o flagelo, responsável pela mobilidade do espermatozoide.
Ao final desse processo, temos um espermatozoide com características típicas (cabeça, colo e cauda) que será liberado no interior dos túbulos seminíferos. Os gametas masculinos agora estão prontos para realizar o importante processo de fecundação.
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/espermatogenese.htm