O pênis é o órgão reprodutor masculino, ou seja, é o órgão responsável pela transferência dos gametas para o meio externo. O pênis e o escroto são os órgãos sexuais externos masculinos.
O pênis humano apresenta formato cilíndrico e é constituído por tecido esponjoso bastante vascularizado. Esse tecido é constituído por três colunas: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso.
Na região medial, há a uretra, responsável pela transferência tanto do esperma quanto da urina para o meio externo. A pele que recobre o pênis é fina e termina projetando-se sobre a glande do pênis, região mais sensível aos estímulos. Essa região é recoberta por tecido epitelial e mucoso, denominado de prepúcio. O prepúcio, também denominado de pele anterior, fica frouxamente aderido e fornece proteção mecânica.
Essa pele pode ser removida por meio da realização de um procedimento cirúrgico simples, a circuncisão. No entanto, a realização da circuncisão, que também pode envolver questões religiosas, vem, a cada dia, recebendo menos indicações médicas. Falaremos mais adiante sobre esse assunto.
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O processo de excitação sexual é importante para que possa ocorrer a relação sexual. Ele é um mecanismo controlado pelo sistema nervoso parassimpático e envolve fatores físicos e psicológicos.
Diante de algum estímulo (visual, auditivo, entre outros), ocorre a miotonia, que é o aumento da tensão muscular, e a vasocongestão, causando a dilatação das artérias do pênis, aumentando a quantidade de sangue nos tecidos esponjosos. Isso causa a expansão dos tecidos, levando ao fechamento das veias que drenam o pênis, impedindo a drenagem desse sangue.
Com isso, o pênis fica rígido, facilitando a cópula. O pênis retoma a forma relaxada, após a contração das artérias, e há a liberação das veias para fazerem a drenagem. Geralmente, isso ocorre após a ejaculação, que é o lançamento do sêmen para o meio externo. A ejaculação acontece mediante estímulos do sistema simpático, antagônico ao parassimpático.
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Fimose é a incapacidade de retração do prepúcio. Diante disso, algumas complicações podem surgir, como dermatites, infecções urinárias recorrentes, entre outras. A fimose pode ser classificada em fimose primária (ou fisiológica) e secundária (ou patológica).
Fimose primária (ou fisiológica): ocorre em cerca de 95% das crianças e resolve-se espontaneamente, ou seja, sem necessidade cirúrgica, na maioria dos casos até a adolescência. Nesse caso, observa-se um prepúcio complacente e sem cicatrizes.
Fimose secundária (ou patológica): nesse caso, o prepúcio apresenta um anel fibroso esbranquiçado que impede a retração do prepúcio e exposição da glande. Esse tipo de fimose é frequentemente associado a sintomas como balanopostites (inflamação conjunta da glande e prepúcio) recorrentes, sangramento do orifício prepucial, ereção dolorosa, entre outros.
Atualmente, a recomendação cirúrgica tem sido adiada, devido ao fato de muitos casos, principalmente de fimose primária, serem resolvidos naturalmente ou com tratamento com corticoides tópicos.
A cirurgia é recomendada para casos em que o paciente apresenta os outros sintomas citados e ao adolescente que ainda não apresenta a retração do prepúcio.
Alguns cuidados são indicados a quem apresenta fimose, como:
Fazer a tração de forma delicada do prepúcio para higienizar e auxiliar na exposição gradual da glande;
Evitar tração forçada do prepúcio ou “massagens” na tentativa de auxiliar a exposição da glande.
A disfunção erétil é caracterizada pela inabilidade de ativar uma ereção. A disfunção erétil pode ter diversas causas, sendo elas fisiológicas, psicológicas, além de ser causada também pelo consumo de álcool e de algumas drogas.
Como a ereção ocorre devido à dilatação das artérias do pênis, aumentando a quantidade de sangue nos tecidos esponjosos, o tratamento ocorre com medicamentos que possuem ação vasodilatadora. Vale destacar que jamais deve ser tomado medicamento sem indicação médica.
O câncer de pênis está associado a fatores como fimose, doenças sexualmente transmissíveis e questões socioeconômicas.
O câncer de pênis representa cerca de 20% dos tumores urogenitais em indivíduos nos países em desenvolvimento. Esse tipo de câncer está associado a alguns fatores, como fimose, idade, tabagismo, doenças sexualmente transmissíveis, além de questões socioeconômicas.
A questão socioeconômica pode estar relacionado à falta de instrução e má higiene íntima, fatores que influenciam de forma direta no aumento da incidência desse tipo de câncer. O aumento das chances de incidência desse tipo de câncer em indivíduos que apresentam fimose deve-se justamente à dificuldade de higienização local.
O câncer de pênis tem maior incidência a partir da terceira idade, entretanto, em países em desenvolvimento, essa idade diminui para em torno dos quarenta anos. O câncer de pênis tem alto potencial de cura, sendo importante o diagnóstico precoce. O tratamento ocorre por meio de terapias, podendo ser necessário tratamento cirúrgico.
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/penis.htm