A parada cardiorrespiratória é caracterizada pela interrupção das atividades cardíacas e respiratórias, ficando o paciente inconsciente e sem sinais de circulação sanguínea, como a ausência de pulso.
A parada cardiorrespiratória é um dos problemas mais graves de saúde, apresentando alta taxa de mortalidade, se não identificado de forma rápida e iniciados os primeiros socorros.
A taxa de mortalidade em casos de parada cardiorrespiratória já chegou a mais de 90%. Atualmente, essa taxa caiu para cerca de 30%, devido aos atendimentos que hoje em dia ocorre de forma mais rápida e eficaz. No entanto, entre esses 30%, cerca de apenas 15% não apresentam nenhuma sequela neurológica.
A parada cardiorrespiratória deve ser diagnosticada de forma rápida e eficaz, de forma a garantir a sobrevida e evitar lesões neurológicas no paciente. Diante disso, alguns sinais podem ser observados nesse diagnóstico:
Ausência de pulso;
Ausência de movimentos respiratórios;
Inconsciência do paciente;
Cianose, que é a coloração azul-arroxeada de pele e mucosas.
Os casos de parada cardiorrespiratória súbita são raros. Na maioria dos casos, a parada cardiorrespiratória está relacionada à doença cardiovascular em adultos. Entre as causas de parada cardiorrespiratória, podemos destacar:
Hipovolemia – diminuição do volume sanguíneo.
Hipóxia – falta de oxigenação.
Hipoglicemia – queda significativa da concentração de açúcar no sangue. Os valores considerados normais, variam entre 70 e 110 mg/dl de sangue. A hipoglicemia acontece quando esses valores ficam abaixo de 70 mg/dl de sangue.
Hipocalemia – baixa concentração de potássio no sangue (concentração normal entre 3,5 a 5,0 mEq/L).
Hipercalemia - alta concentração de potássio no sangue (concentração normal entre 3,5 a 5,0 mEq/L).
Hipotermia – a temperatura normal do corpo que é de 37 ºC, cai para menos de 35ºC.
Trombose coronariana – infarto agudo do miocárdio.
Embolia pulmonar – ocorre devido ao bloqueio de uma artéria pulmonar.
Tensão no tórax (pneumotórax), entre outras.
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Assim que constatado um caso de parada cardiorrespiratória, é essencial que solicite assistência médica e sejam iniciadas as manobras de reanimação ou ressuscitação cardiovascular (RCP), o mais rápido possível.
Essa manobra tem como objetivo restabelecer o funcionamento do coração e pulmão, de forma a garantir a oxigenação do organismo e, assim, evitar lesões em tecidos e órgãos e, principalmente, evitar que ocorra qualquer lesão cerebral. Para que seja eficaz, essa manobra deve ser realizada com uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto.
É primordial que haja uma capacitação, não apenas dos profissionais de saúde, mas a população leiga também deve ser orientada para que saiba agir de forma eficaz na identificação e no atendimento de casos de parada cardiorrespiratória. É importante que se saiba como agir para prestar os primeiros socorros, que são primordiais para a sobrevida do paciente.
Uma das primeiras ações em casos de parada cardiorrespiratória é a reanimação ou ressuscitação cardiopulmonar com compressões torácicas eficientes.
O tratamento da parada cardiorrespiratória segue um protocolo de acordo com a gravidade do caso. Entre os procedimentos adotados no tratamento de casos de parada cardiorrespiratória, podemos destacar:
Acesso às vias aéreas, garantindo efetiva ventilação;
Realizar a reanimação ou ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com a realização de compressões torácicas eficientes (frequência de 100 a 120 compressões por minuto);
Utilizar o desfibrilador de forma adequada;
Identificar e tratar a causa da parada cardiorrespiratória;
O uso de fármacos, como a vasopressina, entre outros.
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Como dito anteriormente, a parada cardiorrespiratória pode apresentar uma taxa alta de mortalidade, entretanto, com um rápido e eficaz tratamento, pode-se alcançar uma maior taxa de sobrevida. A partir daí surge outra preocupação: as sequelas decorrentes da parada cardiorrespiratória.
A principal sequela em casos de parada cardiorrespiratória são as lesões cerebrais. Isso se deve ao fato de o cérebro não suportar a falta de oxigenação (hipóxia) acima de cinco minutos. A partir desse momento, o paciente poderá apresentar lesões sérias, até mesmo irreversíveis. A partir de dez minutos de falta de oxigenação, pode ocorrer a morte cerebral.
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/doencas/parada-cardiorrespiratoria.htm