Fibras, também conhecidas como fibras alimentares ou dietéticas, são substâncias presentes, principalmente, em alimentos de origem vegetal e que não são digeridas no sistema gastrointestinal.
A ingestão (em quantidades adequadas) de fibras está associada a inúmeros benefícios ao organismo, como o bom funcionamento do intestino e a prevenção de inúmeras doenças. As fibras podem ser classificadas de diversas formas, como em solúveis e insolúveis, de acordo com a sua solubilidade no sistema gastrointestinal.
As fibras são polissacarídeos, polímeros de carboidratos (com exceção da lignina, que é um polímero de fenilpropano), presentes, principalmente, em alimentos de origem vegetal, podendo ser encontrados também em fungos e invertebrados. As fibras não são digeridas no trato gastrointestinal, não sendo também absorvidas pelo organismo. No entanto, elas trazem grandes benefícios ao organismo, como o bom funcionamento do sistema digestivo.
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As fibras podem ser classificadas, de acordo com seus componentes, em seis tipos, como pode ser observado no quadro a seguir, no qual também apresentamos alguns exemplos de fontes delas.
Tipos |
Componentes |
Fontes |
Lignina |
Lignina |
Cereais e vegetais maduros |
Oligossacarídeos |
Frutanos |
Alho, cebola, banana e chicória |
Carboidratos análogos |
Amido e maltodextrina resistentes |
Sementes, leguminosas e grãos integrais |
Polissacarídeos não amido |
Pectinas |
Frutas (cascas de frutas cítricas) e hortaliças |
Gomas e mucilagens |
Aveia, leguminosas, algas e extratos de sementes |
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Celulose |
Vegetais |
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Hemicelulose |
Cereais, grãos integrais, leguminosas |
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Substâncias associadas aos polissacarídeos não amido |
Ceras, suberina, cutina, oxalatos, fitatos, proteína de parede celular e compostos fenólicos |
Futas, hortaliças e cereais integrais |
Fibras de origem não vegetal |
Quitina, colágeno, quitosana |
Invertebrados, cogumelos e leveduras |
As fibras alimentícias podem ser classificadas, de acordo com a solubilidade no sistema gastrointestinal, como solúveis e insolúveis.
→ Fibras solúveis: diluem-se em água e, no intestino delgado, formam uma espécie de gel que pode ser fermentado pela microflora existente no intestino grosso. Essas fibras atuam retardando o esvaziamento gástrico, diminuem o nível de colesterol no sangue, retardam a absorção de glicose, e previnem contra câncer intestinal. São exemplos de fibras solúveis as pectinas, as gomas e algumas hemiceluloses.
→ Fibras insolúveis: não se diluem em água e, assim, não são facilmente fermentadas. Essas fibras atuam aumentando o volume e maciez do bolo fecal e estimulando o bom funcionamento do intestino. São exemplos de fibras insolúveis as celuloses, ligninas e algumas hemiceluloses.
Embora as fibras não sejam absorvidas pelo organismo, estudos mostram que o seu consumo, em quantidades adequadas, traz inúmeros benefícios ao organismo, como a prevenção de doenças. Dentre os inúmeros benefícios do consumo de fibras, podemos citar:
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A recomendação diária do consumo de fibras é em torno de 14 g de fibra para cada 1.000 kcal ingeridas, sendo que esse valor pode variar de acordo a idade, o sexo e o gasto energético de cada indivíduo. É importante destacar que se há um aumento no consumo de fibras, deve-se também aumentar a ingestão de água. São alimentos ricos em fibras: cereais integrais, legumes, verduras e frutas.
Algumas dicas que podem auxiliar no aumento do consumo de fibras na alimentação são:
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/biologia-celular/fibras.htm