O impulso nervoso corresponde a uma corrente elétrica que se propaga pelos neurônios, graças a um processo de despolarização da membrana. Esse processo de despolarização ocorre mediante a estímulos e tem como função transmitir a outras células (nervosas, musculares ou glandulares) uma determinada informação.
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Impulso nervoso é uma corrente elétrica que percorre o axônio (parte do neurônio responsável pela transmissão do impulso nervoso) com o objetivo de transmitir uma informação. Esse processo ocorre em consequência da despolarização que ocorre ao longo da membrana do neurônio.
Em virtude da manutenção de uma grande concentração de íons sódio fora dos neurônios por meio de um processo de transporte ativo (bombas de sódio e potássio), a face externa da membrana apresenta uma carga elétrica positiva, e a interna, uma carga elétrica negativa, quando o axônio do neurônio encontra-se em repouso.
Quando esse axônio é estimulado em qualquer ponto, ocorre uma mudança na permeabilidade da membrana, alterando, assim, sua polaridade. Essa mudança afeta também a região vizinha, assim, o impulso nervoso percorre a membrana como uma onda de mudança de polaridade.
A transmissão do impulso nervoso ocorre como uma onda de mudança de polarização da membrana do axônio. No meio extracelular, encontra-se uma maior concentração de íons sódio (Na+), o que faz com que a membrana, em sua face externa, apresente carga positiva e, em sua face interna, carga negativa. Isso se deve a um processo denominado de bomba de sódio e potássio, no qual três íons Na+ são bombeados para fora da célula a cada dois íons K+ que são bombeados para dentro dela.
Os dois íons podem mover-se de volta, seguindo seu gradiente de concentração, no entanto, a membrana é menos permeável ao Na+ e, assim, apenas uma pequena quantidade de Na+ retorna para a célula. Com isso, uma maior quantidade de cargas positivas é mantida fora da membrana, fazendo com que sua face externa seja positiva. A face interna apresenta uma carga negativa em razão da presença de proteínas carregadas negativamente e outras grandes moléculas.
Após a aplicação de um estímulo em qualquer região do axônio, a membrana torna-se permeável aos íons Na+ mantidos fora da célula. Esses íons passam a entrar na célula em maior quantidade do que o íon potássio, mudando, assim, a polarização da membrana, que se torna mais negativa em sua face externa e mais positiva na face interna. A mudança da polarização que ocorre com a entrada do sódio é denominada despolarização.
No entanto, esse íon é rapidamente expulso, mediante a ação da bomba de sódio, e a membrana retorna à sua polarização inicial, positiva na face externa e negativa na face interna. Cada ponto estimulado modifica a permeabilidade da região vizinha, expulsando os íons sódio. Esse processo cria uma onde de alternância de polarização da membrana, fazendo com que o impulso nervoso percorra todo o axônio até uma região denominada de terminais sinápticos.
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Sinapse é uma junção especializada entre o neurônio e sua célula-alvo. É nessa região que os impulsos nervosos são transmitidos de uma célula para outra. A região da ramificação presente nessa junção é chamada de terminal sináptico. Durante a sinapse, o neurônio que transmite o impulso nervoso é denominado célula pré-sináptica, e a célula que recebe o impulso, que pode ser outro neurônio, uma glândula ou célula muscular, é denominada célula pós-sináptica.
As sinapses podem ocorrer de duas formas:
Sinapses elétricas: a corrente elétrica flui de um neurônio para outro por meio de junções gap (junções que formam canais citoplasmáticos, permitindo a comunicação entre células). Esse tipo de sinapse é comum em invertebrados.
Sinapses químicas: a informação é transmitida de um neurônio para outro por meio de mensageiros químicos denominados neurotransmissores. O neurônio pré-sináptico sintetiza e empacota os neurotransmissores nas chamadas vesículas sinápticas. Com a chegada do impulso elétrico e a despolarização da membrana pré-sináptica, esses neurotransmissores são liberados. O neurotransmissor liberado estimula a membrana pós-sináptica do neurônio receptor, alterando sua permeabilidade e originando um novo impulso nervoso.
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Ao falar sobre impulso nervoso, é importante conhecermos melhor as células responsáveis por esse processo: os neurônios. Essas células estão presentes no tecido nervoso e são responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos. Os neurônios são constituídos por três regiões:
Corpo celular: é a região onde se situa a maioria das organelas dessa célula. Nessa região, a célula também pode receber impulsos nervosos provenientes de outra célula nervosa.
Dendritos: são extensões da célula através das quais ela recebe os impulsos nervosos advindos de outras células nervosas.
Axônios: extensões da célula mais longas que os dendritos – geralmente são únicos – responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos para as demais células do organismo. Na extremidade em formato de cone próxima ao corpo celular, denominada cone de implementação, os sinais do axônio são gerados. Na outra extremidade do axônio, estão presentes várias ramificações, que transmitem os sinais para outras células, em uma região de junção denominada sinapse. A parte da ramificação presente na junção é denominada terminal sináptico.
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/impulso-nervoso.htm