A leishmaniose é uma doença causada por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania e transmitida pela picada de um inseto hematófago da família dos flebótomos, conhecido popularmente, entre outros nomes, como mosquito-palha. A leishmaniose é uma doença que ocorre nas regiões tropicais e pode acometer a espécie humana e outros animais.
Dois tipos de leishmaniose acometem a espécie humana, a cutânea ou tegumentar e a visceral ou calazar, sendo que os sintomas da doença variam entre esses dois tipos. O diagnóstico e o tratamento da leishmaniose devem ser realizados de forma precoce, pois essa doença apresenta uma alta taxa de mortalidade.
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A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania. Essa doença é transmitida através da picada da fêmea de um inseto hematófago da família dos flebótomos, conhecido popularmente como mosquito-palha, tutuquira e birigui. No corpo de seu hospedeiro, esses protozoários desenvolveme-se no interior de macrófagos, células pertencentes ao sistema de defesa do organismo.
A leishmaniose é uma doença que ocorre nas regiões tropicais, principalmente na América do Sul, e pode acometer a espécie humana e outros animais, inclusive animais domésticos, como os cachorros. Na espécie humana, são conhecidos dois tipos de leishmaniose, a cutânea ou tegumentar e a visceral ou calazar.
A leishmaniose é causada por protozoários do gênero Leishmania e sua transmissão ocorre através da picada de um inseto da família dos flebótomos, gênero Lutzomyia, conhecido popularmente como mosquito-palha, tutuquira e birigui, dependendo da localidade onde se encontra. Esses insetos são bem pequenos, medindo entre 2 mm e 3 mm, o que facilita sua passagem pelas malhas de telas e mosquiteiros, apresentam coloração amarelada, palha ou acinzentada, e, quando em repouso, mantêm suas asas semiabertas e eretas.
Animais silvestres como alguns roedores, tamanduás e raposas são reservatórios dos protozoários causadores da leishmaniose, sendo assim, fontes de transmissão da doença. Nas zonas urbanas, os cachorros podem ser fontes de transmissão. Quando o mosquito pica esses animais, estando eles infectados, e em seguida pica a espécie humana, poderá ocorrer a transmissão da doença. Apenas as fêmeas desses mosquitos alimentam-se de sangue, sendo que o horário de alimentação desses indivíduos é predominantemente noturno.
Na espécie humana, são observados dois tipos de leishmaniose, a cutânea, também chamada de tegumentar, e a visceral, também conhecida como calazar.
Também chamada de úlcera-de-bauru ou “ferida brava”, esse tipo de leishmaniose é causado pelos protozoários Leishmania brasiliensis (distribuição desde a América Central até o norte da Argentina), Leishmania amazonensis (distribuição por florestas da Amazônia legal na região Norte do país, sendo encontrado também em estados como Goiás, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná) e Leishmania guyanensis (distribuição desde a região Norte do Brasil, estendendo-se pelas Guianas).
A leishmaniose cutânea apresenta um período de incubação médio de dois a três meses e caracteriza-se por lesões na pele, podendo evoluir para lesões nas mucosas principalmente do nariz e da boca. A leishmaniose cutânea é considerada a forma mais comum dessa doença.
Também chamada de calazar, na América do Sul é causada pelo protozoário Leishmania chagassi, já na Índia e África é causada pela Leishmania donovani. Esse tipo de leishmaniose ataca órgãos como baço e fígado e é considerada a forma mais grave dessa doença.
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Os sintomas da leishmaniose variam entre as duas formas da doença:
O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, sendo que esses podem envolver, por exemplo, técnicas imunológicas e parasitológicas. O tratamento deve ser realizado com a utilização de medicamentos indicados pelo médico. Repouso e boa alimentação também são importantes para o tratamento, sendo que, no caso da leishmaniose visceral, uma boa higiene pode auxiliar na prevenção contra o surgimento de lesões.
O tratamento tanto para a leishmaniose visceral quanto tegumentar está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico da doença e o tratamento precoce são extremamente importantes, pois essa doença apresenta alta taxa de mortalidade.
A melhor forma de prevenir-se a leishmaniose é por meio do controle do seu vetor, ou seja, o mosquito, além de medidas de proteção individual. Como o mosquito tem preferência por locais úmidos, escuros e com presença de plantas, é importante:
Quando estiver em áreas de mata ou em regiões onde há casos da doença, deve-se:
Os cachorros também podem ser acometidos pela leishmaniose e, quando estão infectados, podem ser também fontes de transmissão. Em cachorros, a leishmaniose apresenta sintomas como queda de pelo, desnutrição, deformação das unhas, paralisia de membros inferiores, entre outros.
O tratamento para esses animais deve ser prescrito e acompanhado por um médico veterinário. Esse acompanhamento seguirá por toda a vida do animal, pois, embora não tenha cura, com o tratamento, reduz-se a carga de protozoários no seu organismo, melhorando sua expectativa de vida, e ele deixa de ser uma fonte transmissora da doença. É importante que o diagnóstico seja realizado de forma precoce para que o tratamento seja mais eficaz. Além disso, é importante destacar a necessidade de vacinar os cachorros que habitam regiões onde há o risco de infecção.
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/doencas/leishmaniose.htm