Variante Delta é uma variante do vírus causador da covid-19, o SARS-CoV-2. Ela se caracteriza por possuir uma maior capacidade de transmissão, o que provocou uma nova onda de infecções em várias partes do mundo. Rapidamente a Delta tornou-se a variante dominante em diferentes regiões, até o surgimento da Ômicron.
Capaz de provocar um maior número de hospitalizações, principalmente em não vacinados, os sintomas da Delta incluem coriza, tosse, febre e dor de garganta. As vacinas disponíveis são eficazes na prevenção contra a variante e, portanto, é necessário que todas as pessoas elegíveis para a vacinação procurem um posto de saúde para receber a sua dose.
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A variante Delta ou variante B.1.617.2 é uma das variantes do vírus causador da covid-19.
A variante Delta apresenta maior capacidade de transmissão.
As vacinas são eficazes contra a variante Delta, mas é importante completar o esquema vacinal.
Mesmo após a vacinação, é importante manter cuidados como evitar aglomerações, usar máscaras e higienizar adequadamente as mãos.
A variante Delta ou variante B.1.617.2 é uma das variantes do vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19. Ela foi identificada pela primeira vez em outubro de 2020, na Índia, e espalhou-se rapidamente por várias regiões do planeta.
Variantes surgem em decorrência de mutações genéticas, que levam a mudanças no vírus. Algumas dessas mutações podem ser vantajosas e fazer com que o vírus se torne mais eficiente para infectar as células. Isso foi o que ocorreu com a variante Delta. Ela apresenta mutações em seu genoma na região responsável por orientar a produção de uma proteína chamada proteína S ou Spike.
Essa proteína está associada à capacidade do vírus de se aderir à célula humana. Com a mutação existente na variante Delta, ela conseguiu aumentar sua capacidade de adesão, garantindo maior capacidade de transmissão. Além disso, essas modificações na proteína garantiram-lhe maior capacidade de escape do sistema imune.
A variante Delta é mais transmissível que outras detectadas anteriormente. Estima-se que ela seja cerca de 60% mais transmissível que a identificada no Reino Unido, conhecida como variante Alfa (B1.1.7).
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, a variante Delta pode causar doenças mais graves do que as variantes anteriormente descobertas, sobretudo em não vacinados. Em pessoas vacinadas, por sua vez, a Delta tende a provocar sintomas leves ou não provocar sintomas.
Outro pronto que causa preocupação em relação a essa variante está no fato de que ela apresenta capacidade de escape imunológico sobre as defesas adquiridas pelo indivíduo após ele ter contraído covid-19. Isso significa que ela é capaz de provocar casos de reinfecção.
A variante Delta destaca-se por provocar adoecimento mais rápido e um risco maior de internações, especialmente em pessoas que não receberam a vacina. Segundo o Instituto Butantan, são sintomas comuns da infecção pela variante Delta:
coriza;
dor de cabeça;
espirros;
dor de garganta;
tosse persistente;
febre.
Muitas pessoas ficaram preocupadas com a eficácia da vacina contra covid-19 em relação à variante Delta. Até o momento, estudos indicam que as vacinas disponíveis apresentam eficácia contra a variante, mas essa eficácia é um pouco menor em relação a outras linhagens do vírus.
Vale salientar ainda que uma eficácia maior da vacina é conseguida apenas após a administração de todas as doses recomendadas, incluindo-se a dose de reforço. É importante ter em mente que nenhuma vacina apresenta 100% de eficácia. Isso significa que algumas pessoas vacinadas poderão adquirir a covid-19, mas quadros mais leves são observados nessas pessoas mesmo quando infectadas pela variante Delta.
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Com o avanço da pandemia de covid-19, foi possível perceber que muitas pessoas passaram a diminuir os seus cuidados com a doença. Apesar de observarmos uma queda no número de mortes e a vacinação estar avançada em muitas regiões, os cuidados ainda devem ser os mesmos. A variante Delta surgiu nesse cenário, mostrando-nos que a pandemia ainda não acabou e mesmo pessoas vacinadas estão sujeitas à infecção.
Para se proteger da variante Delta e outras variantes da covid-19, é fundamental que medidas como usar máscara, manter a distância física de outras pessoas, evitar aglomerações e higienizar sempre as mãos sejam adotadas. É importante também que todos os grupos aptos a receber a vacina procurem os postos de vacinação na data adequada e que não se esqueçam de tomar a segunda dose e a dose de reforço.
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/doencas/variante-delta-da-covid-19.htm