Vírus de Marburg

Vírus de Marburg é responsável por desencadear uma febre hemorrágica conhecida como doença do vírus de Marburg, uma condição com alta taxa de letalidade.

O vírus de Marburg, da mesma família do vírus da ebola, é responsável por desencadear um tipo de febre hemorrágica conhecido como doença do vírus de Marburg. A doença é extremamente grave e apresenta alta taxa de letalidade.

A transmissão de uma pessoa para outra exige o contato direto com a secreção do paciente ou com objetos contaminados. Pessoas se infectam com maior frequência ao cuidarem dos doentes e durante algumas práticas funerárias. Até o momento, não há vacina ou tratamento para a doença do vírus de Marburg.

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Resumo sobre vírus de Marburg

Conceito de vírus de Marburg

O vírus de Marburg é o agente etiológico da doença do vírus de Marburg, que possui alta taxa de letalidade. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a letalidade para a doença do vírus de Marburg está entre 23-90%. Esse vírus é da família Filoviridae, a mesma do vírus causador de ebola. Os vírus pertencentes a ela se caracterizam por apresentarem forma de filamentos alongados, os quais podem estar enrolados em diferentes modos.

Doença do vírus de Marburg

A doença do vírus de Marburg, também chamada de febre hemorrágica de Marburg e febre de Marburg, é desencadeada por um filovírus. Trata-se de uma doença rara e com capacidade de provocar surtos com elevada mortalidade.

O primeiro surto da doença ocorreu, em 1967, de maneira simultânea em Marburg e Frankfurt, na Alemanha, e em Belgrado, na Sérvia. O surto ocorreu devido ao contato de profissionais que trabalhavam em um laboratório com o sangue de macacos africanos utilizados em uma pesquisa e que tinham sido importados da Uganda.

Surtos e casos esporádicos são observados de tempos em tempos na África, sendo raros casos fora do continente. Em 2008, no entanto, dois casos independentes foram descritos em viajantes que visitaram cavernas em Uganda que possuíam grande quantidade de morcegos.

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Transmissão do vírus de Marburg

Morcegos pendurados em uma árvore de cabeça para baixo.
Morcegos frugívoros africanos são considerados reservatório natural do vírus.

O vírus de Marburg é um vírus zoonótico, ou seja, que pode ser transmitido de um outro animal para o ser humano. Os morcegos Rousettus aegyptiacus são considerados os reservatórios naturais do vírus de Marburg, sendo a exposição prolongada a locais habitados por esses animais relacionada com a infecção humana pelo vírus.

Após o homem se infectar, a transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra por meio do contato direto com fluídos corporais, como sangue, sêmen, secreção respiratória, fezes, urina, saliva e vômito, ou com objetos contaminados com esses fluídos. As vias mais frequentes de infecção incluem o contato direto durante o cuidado com o doente, realizado por pessoas próximas ou profissionais de saúde, ou, ainda, durante certas práticas funerárias que incluem o contato com o morto.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a “transmissão através de material de injeção contaminado ou de feridas com agulhas está associada à forma mais grave da doença, deterioração rápida e possivelmente mortalidade mais elevada”. A transmissão do vírus de Marburg não ocorre durante o período de incubação.

Sintomas da doença do vírus de Marburg

Os sintomas da doença do vírus de Marburg se iniciam após o período de incubação, o qual varia de 2-21 dias, segundo a OMS. Os sintomas se iniciam de maneira repentina e incluem febre, dor muscular, dor de cabeça e calafrios. Após cerca de cinco dias, o indivíduo começa a apresentar erupções cutâneas, vômito, náusea, dores abdominais, diarreia, dor de garganta e dor no peito.

À medida que a doença avança, o indivíduo fica cada vez mais debilitado, podendo apresentar hemorragia maciça, insuficiência hepática, grande perda de peso, inflamação do pâncreas e disfunção de vários órgãos. O paciente pode ter o comprometimento do sistema nervoso, o que pode provocar confusão e irritabilidade. Segundo a OMS, a morte ocorre com maior frequência entre 8-9 dias após o surgimento dos sintomas e, normalmente, é precedida por grande perda de sangue e choque.

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Diagnóstico da doença do vírus de Marburg

O diagnóstico da doença do vírus de Marburg nem sempre é fácil, uma vez que a doença provoca sintomas que se assemelham com outras enfermidades, como malária e outras febres hemorrágicas provocadas por vírus. Para confirmar o diagnóstico, é necessária a feitura de exames, sendo o ELISA e o RT-PCR dois métodos que podem ser realizados.

Tratamento da doença do vírus de Marburg

A doença do vírus de Marburg não possui tratamento específico. Os doentes são isolados e os cuidados se baseiam, principalmente, em garantir a reidratação do paciente e tratar os sintomas provocados pela doença. Um diagnóstico precoce e um tratamento rápido aumentam a sobrevida do indivíduo.

É importante salientar que, durante o tratamento, os profissionais de saúde devem ter atenção redobrada para evitar contaminação, devendo fazer uso adequado de equipamentos de proteção individual. Todas as pessoas que tiveram contato com o paciente devem ser colocadas em observação e isoladas caso a doença seja confirmada. Até o momento, também não existem vacinas para prevenir da doença.


Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/doencas/virus-de-marburg.htm