Gaivota

Gaivota é o nome dado a diferentes aves marinhas da família Laridae. Destacam-se por serem animais onívoros, oportunistas e generalistas.

Gaivota é o nome dado a algumas espécies de aves marinhas. Essas aves fazem parte da família Laridae, que inclui aves que apresentam asas compridas e estreitas e pés curtos com membranas natatórias.

As aves dessa família podem ser solitárias ou formarem grandes colônias. As gaivotas são animais onívoros, oportunistas e generalistas. Podem ser observadas capturando seu próprio alimento, roubando a presa de outras aves e até mesmo comendo lixo e carniça.

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Resumo sobre gaivota

Características da gaivota

Gaivota é o nome popular dado a algumas espécies de aves marinhas pertencentes à família Laridae. Considera-se ave marinha aquela que se alimenta desde a linha de baixa-mar até o mar aberto, sendo o ambiente marinho essencial para seu desenvolvimento e sobrevivência. Essas aves podem ser classificadas em oceânicas ou costeiras.

As gaivotas apresentam alguns aspectos característicos:

Além disso, machos e fêmeas são muito semelhantes, sendo difícil diferenciar os sexos. As penas das gaivotas mudam ao longo dos anos, sendo a plumagem definitiva de adulto adquirida após quatro a cinco anos em espécies de maior porte e um a dois anos nas espécies de porte menor.

Um indivíduo jovem da espécie de gaivota conhecida como gaivotão.
Gaivotas apresentam plumagem diferente em jovens e adultos. Na figura acima, podemos observar um indivíduo jovem da espécie conhecida como gaivotão.

As aves da família Laridae são animais onívoros (que podem alimentar-se de animais, plantas e algas). Alguns autores afirmam que essas aves são capazes de comer praticamente tudo, desde que o alimento apresente o tamanho e a textura adequada.

Ao longo das últimas décadas, tem se observado que as populações de gaivotas aumentaram consideravelmente ao longo das áreas costeiras de diferentes partes do mundo. Um dos fatores que contribuíram para esse aumento foi a habilidade das gaivotas de ocuparem ambientes modificados pelos seres humanos. Muitas vezes, as gaivotas encontram nas cidades recursos nem sempre encontrados nos locais em que suas colônias se desenvolvem tradicionalmente, como o acesso fácil a alimento.

O aumento das populações de gaivota é um problema grave, uma vez que o crescimento do número de indivíduos pode impactar negativamente outras espécies de aves costeiras. As gaivotas são, ainda, capazes de transportar patógenos, como Escherichia coli, Proteus e Salmonela, que podem causar doenças em seres humanos e outros animais.

Além disso, as gaivotas acabam causando outros transtornos para os seres humanos, pois nidificam em telhados de residências, obstruem calhas e canos, sujam o ambiente com excrementos e podem se chocar com aeronaves.

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Larus dominicanus a maior espécie de gaivota do Brasil

A espécie Larus dominicanus, ave conhecida como gaivotão, apresenta ampla distribuição no hemisfério sul. Destaca-se por ser o larídeo mais comum da costa brasileira e a espécie mais conhecida de gaivota. Essa espécie é a maior gaivota do Brasil, medindo cerca de 58 cm.

Os espécimes jovens apresentam uma plumagem muito diferente dos adultos.

O gaivotão é uma espécie considerada oportunista e generalista em relação à sua alimentação, uma vez que pode consumir diferentes presas e explorar diferentes fontes de alimento, podendo se alimentar de restos de animais e até mesmo de lixo. Essa gaivota é capaz de roubar o alimento de outras aves marinhas, um comportamento chamado de cleptoparasitismo.

Os principais componentes da dieta dessas aves são peixes e invertebrados marinhos. Vale salientar que essa espécie se alimenta de seres vivos de diferentes níveis tróficos, sendo considerada uma espécie onívora em virtude disso.

O gaivotão atinge a maturidade sexual no quarto ano de vida. Na época reprodutiva, essas gaivotas procuram regiões costeiras para a realização da corte, formação de casais e construção de ninhos. Para botar ovos, a espécie pode ocupar diferentes ambientes, nidificando, por exemplo, em praias, dunas, ilhas e lagoas costeiras.

Os ninhos são construídos entre a vegetação, no solo ou em rochedos, geralmente utilizando gramíneas. O gaivotão põe de dois a três ovos, e o período de incubação é de 27 a 31 dias. Os filhotes são alimentados pelos pais até começarem a voar.


Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/biodiversidade/gaivota.htm