Sucuri é nome dado a um grupo de serpentes de grande porte que se destacam como as maiores serpentes do mundo quando o assunto é massa. São animais com músculos bem desenvolvidos e dotados de grande força.
Todas as sucuris fazem parte do gênero Eunectes e família Boidae, a qual inclui também as jiboias. Não possuem veneno e utilizam sua força para matar as vítimas por constrição. Atualmente, são reconhecidas quatro espécies de sucuris, sendo três delas com ocorrência no Brasil.
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Sucuris podem atingir mais de sete metros de comprimento.
Trata-se das maiores serpentes conhecidas em termo de massa.
São animais semiaquáticos observados em várias regiões da América do Sul, estando associadas a corpos hídricos.
Sucuris são animais carnívoros que podem se alimentar de vertebrados aquáticos e terrestres.
Sucuris não possuem veneno.
Atualmente, são descritas quatro espécies de sucuris: a sucuri-malhada, a sucuri-amarela, a sucuri-verde e a sucuri-de-beni.
Entre as espécies conhecidas, apenas a sucuri-de-beni não ocorre no Brasil.
A sucuri-verde é a espécie mais estudada de sucuri.
Sucuri é o nome dado a diferentes espécies de serpentes pertencentes ao gênero Eunectes, um gênero que faz parte da família Boidae. Atualmente, o gênero inclui quatro espécies, as quais se destacam por:
apresentarem grande porte;
possuírem hábitos semiaquáticos;
serem predadoras de topo.
Sucuris também são conhecidas como anacondas e, assim como outras espécies de serpentes, crescem durante toda sua vida. Elas podem apresentar vários metros de comprimento, havendo registos de indivíduos apresentando 7 metros. Apesar de muitos populares afirmarem terem visto serpentes com comprimentos ainda maiores, a falta de medição adequada não permite afirmar com certeza que elas podem atingir tamanhos ainda maiores.
Além de grandes, as sucuris são animais musculosos, característica que permite que elas tenham grande força. Em relação ao seu porte, é importante destacar que as sucuris são consideradas as maiores serpentes do mundo em termo de massa. A sucuri-verde, por exemplo, pode pesar até 100 kg. Em termos de comprimento, elas perdem o primeiro lugar para a gigante píton.
Como salientado anteriormente, as sucuris possuem hábitos semiaquáticos, sendo a água o local onde conseguem caçar e se reproduzir. São exímias nadadoras, sendo o nome do gênero derivado do grego, sendo que eu significa “bom” e nektes significa “nadador”. As espécies de sucuris possuem olhos e narinas localizados mais no topo da cabeça, sendo essa característica associada a seu estilo de vida.
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As sucuris são serpentes encontradas na América do Sul. Das quatro espécies conhecidas, três podem ser observadas no Brasil. As sucuris são animais de hábitos semiaquáticos, ou seja, que vivem em meio aquático, mas também no ambiente terrestre. Por apresentarem hábitos semiaquáticos, esses animais são observados vivendo em regiões próximas a rios, lagos, lagoas, brejos e pântanos, por exemplo.
As sucuris não são serpentes peçonhentas, ou seja, não possuem veneno. Para matar sua presa, as sucuris, geralmente, caçam por espreita, emboscando suas presas. Elas enrolam-se no corpo da vítima de modo a imobilizar o animal. A constrição do corpo faz com que o fluxo sanguíneo e de oxigênio seja interrompido, levado o animal à morte. Após morta, a presa é engolida inteira pela serpente.
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As sucuris são animais carnívoros que podem se alimentar de diferentes vertebrados aquáticos e terrestres. São animais que fazem parte de sua dieta as capivaras, porcos-do-mato, antas, cervos e também jacarés. Vale salientar que a presa dependerá da espécie estudada e também de seu local de ocorrência.
Devido à destruição de seu habitat, alguns indivíduos podem entrar em áreas habitadas, sendo conhecidos casos, por exemplo, de sucuris que se alimentaram de bezerros e até mesmo de cães. É importante destacar que por se alimentarem de presas grandes, esses animais realizam relativamente poucas refeições. Além disso, apresentam taxas metabólicas baixas, o que significa uma grande economia de energia.
Atualmente, são conhecidas quatro espécies de sucuris, sendo que três delas são observadas no Brasil. São elas:
Sucuri-verde (Eunectes murinus): uma das espécies mais conhecidas e estudadas, a sucuri-verde é também conhecida como anaconda verdadeira. Apresenta o corpo com cor de fundo verde-oliva, podendo haver uma variação até o marrom. Possuem ampla distribuição geográfica, não sendo encontradas, no entanto, muito ao Sul do continente. No Brasil, a espécie é encontrada em diferentes biomas, sendo possível observá-la habitando a Amazônia, Cerrado e regiões da Mata Atlântica.
Essa espécie se destaca pelo sistema de acasalamento chamado bolo de reprodução. A fêmea libera um feromônio que atrai vários machos, que formam um verdadeiro bolo de serpentes. Já foram descritos bolos de reprodução com mais de 10 machos. Um fato interessante é que as fêmeas não se reproduzem todo o ano, uma vez que se trata de um evento que necessita de grande gasto energético.
A sucuri-verde é a maior dentre as sucuris, sendo que os machos podem atingir cerca de 3,5 metros de comprimento, e a fêmea pode atingir cerca de 5 metros. Em alguns casos, essas serpentes podem apresentar tamanhos ainda maiores.
Sucuri-amarela ou sucuri-do-pantanal (Eunectes notaeus): essa espécie de sucuri, como seu nome sugere, apresenta corpo com cor de fundo amarelado e pode ser encontrada na região do Pantanal. Ela ocorre em áreas alagáveis da bacia dos rios Paraguai e Paraná. Nessa espécie, as fêmeas atingem no máximo 4 metros de comprimento, e os machos apresentam em torno de 2,5 metros.
Sucuri-malhada (Eunectes deschauenseei): é encontrada em nosso país e também na Guiana Francesa, além de haver uma possível ocorrência no Suriname. No Brasil, ocorre no Pará e no Amapá. Trata-se de uma espécie pouco estudada, considerada a menor dentre as sucuris conhecidas, com machos que não atingem nem mesmo dois metros e fêmeas com três metros. Vale salientar, no entanto, que devido ao fato de a espécie ser pouco estudada, pode ser que indivíduos maiores estejam presentes na natureza.
Sucuri-de-beni (Eunectes beniensis): é encontrada na Bolívia e recebe essa denominação por ter sido avistada pela primeira vez no Departamento de Beni. Os primeiros indivíduos estudados foram considerados híbridos das sucuris amarela e verde, sendo posteriormente observado que se tratava de uma outra espécie. A sucuri-de-beni foi a última espécie de sucuri a ser descrita.
A sucuri-de-beni apresenta um tamanho menor quando comparada à sucuri-verde e à amarela, com machos medindo cerca de 2 metros de comprimento e fêmeas com 3 metros. Pouco se sabe sobre essa espécie de sucuri.
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/biodiversidade/sucuri.htm