Alimentos ultraprocessados

Alimentos ultraprocessados podem aumentar o risco de desenvolver diferentes tipos de problemas de saúde, por isso é importante evitá-los.

Alimentos ultraprocessados são alimentos que passam por vários processos industriais e se destacam por apresentarem características que podem ser maléficas ao nosso organismo, tais como poucas fibras e excesso de sódio, gorduras e açúcares.

Se consumidos em grandes quantidades, esses alimentos podem ser responsáveis por favorecer o desenvolvimento de problemas de saúde graves, tais como a obesidade, diabetes, hipertensão, demências e cânceres. Como exemplo de alimentos ultraprocessados podemos citar biscoitos recheados, refrigerantes, pizzas congeladas, molhos prontos e macarrão instantâneo.

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Resumo sobre alimentos ultraprocessados

O que são alimentos ultraprocessados?

Alimentos ultraprocessados são, de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde,

formulações industriais feitas inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes).

Em geral, alimentos ultraprocessados destacam-se por fornecerem muita energia, serem ricos em sódio, gordura e açúcares, além de serem pobres em fibras. Ademais, esses alimentos apresentam características que favorecem seu consumo excessivo, como a praticidade de comer em qualquer lugar e a venda em embalagens e recipientes grandes por um preço bastante atrativo.

Alimentos ultraprocessados fazem mal à saúde?

Os alimentos ultraprocessados são alimentos que passam por uma grande quantidade de processos industriais e frequentemente destacam-se por serem ricos em gorduras, açúcares e sódio. Além disso, na maioria dos casos, contam com pouca quantidade de fibras. O fato é que os alimentos ultraprocessados são considerados nutricionalmente desbalanceados e podem colocar a nossa saúde em risco se consumidos em excesso.

Entre os problemas de saúde que podem ser desencadeados pelos alimentos ultraprocessados, podemos citar:

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Lista de alimentos ultraprocessados

Veja a seguir a lista de alguns alimentos ultraprocessados bastante conhecidos:

Alimentos ultraprocessados e câncer

Uma mulher sem cabelos e uma menina cortando legumes em uma cozinha.
Uma alimentação saudável pode reduzir os riscos de se desenvolver câncer.

Alimentos ultraprocessados estão relacionados com o desenvolvimento de diferentes tipos de cânceres. Um estudo recente demonstrou que o consumo de alimentos ultraprocessados contribui consideravelmente para uma maior incidência de cânceres gerais e de certos tipos de cânceres específicos.

O estudo intitulado Ultra-processed food consumption, cancer risk and cancer mortality: a large-scale prospective analysis within the UK Biobank, publicado em 31 de janeiro de 2023, examinou as associações existentes entre o consumo de ultraprocessados e o risco de câncer e mortalidade associada para 34 tipos de câncer específicos.

Após a análise dos resultados, os autores sugeriram que o maior consumo de alimentos ultraprocessados pode, sim, estar ligado a um aumento da carga e da mortalidade para cânceres gerais e específicos de determinados locais. Eles ainda destacaram que as associações foram ainda mais consistentes quando se fala dos resultados gerais de câncer e do câncer de ovário em mulheres.

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Alimentos ultraprocessados e demência

A demência é um problema que pode estar associado ao consumo de alimentos ultraprocessados, de acordo com alguns estudos. O trabalho intitulado Association of Ultraprocessed Food Consumption With Risk of Dementia, publicado em 2022, investigou a associação entre alimentos ultraprocessados e a incidência de demência no UK Biobank.

Ao final do estudo, os autores constataram que 518 participantes desenvolveram demência, dos quais 287 desenvolveram doença de Alzheimer e 119 desenvolveram demência vascular. Os pesquisadores conseguiram, por meio desse trabalho, associar o consumo de alimentos ultraprocessados com um maior risco de desenvolver demência. Eles observaram ainda que a substituição de alimentos ultraprocessados por alimentos in natura ou minimamente processados associa-se a um menor risco de desenvolver essas deficiências cognitivas.


Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/saude-bem-estar/alimentos-ultraprocessados.htm