O neodarwinismo é uma teoria evolutiva que surgiu na década de 1930 como uma síntese da teoria de Darwin com as descobertas da genética. Ela representa uma atualização da teoria evolutiva original de Darwin, incorporando a ideia de que a variação genética que ocorre por mutação é a matéria-prima da evolução, enquanto a seleção natural é o mecanismo que molda essa variação ao longo do tempo. Essa teoria é amplamente aceita e serve como base para a Biologia evolutiva moderna. O darwinismo e o neodarwinismo são teorias que se complementam, mas existem algumas diferenças importantes entre elas.
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O neodarwinismo é uma teoria científica que surgiu no século XX como uma atualização da teoria da evolução proposta por Charles Darwin no século XIX.
Ele é baseado em duas ideias principais: a seleção natural e a mutação genética.
A seleção natural é o processo pelo qual indivíduos mais adaptados ao ambiente têm mais chances de sobreviver e deixar descendentes, passando suas características vantajosas para a próxima geração.
A mutação genética é a fonte primária de variação genética, criando características que podem ser selecionadas pela seleção natural.
Outros fatores também podem influenciar a evolução, como a deriva genética (mudanças aleatórias na frequência de alelos em uma população) e o fluxo gênico (movimento de genes entre populações).
A genética de populações é uma disciplina importante no estudo do neodarwinismo, pois permite analisar as mudanças na frequência de alelos e a evolução das populações ao longo do tempo.
O neodarwinismo é amplamente aceito pela comunidade científica como a melhor explicação para a diversidade da vida na Terra, mas também é um campo de pesquisa em constante evolução e debate.
O neodarwinismo é uma teoria evolutiva que combina a teoria da seleção natural de Charles Darwin com a genética mendeliana e a teoria da mutação de Hugo de Vries. Essa síntese foi proposta no início do século XX e é considerada a versão moderna da teoria evolutiva de Darwin.
De acordo com o neodarwinismo, a seleção natural é o principal mecanismo que impulsiona a evolução das espécies. Aqueles indivíduos que possuem características vantajosas em seu ambiente têm maior probabilidade de sobreviver e se reproduzir, transmitindo essas características favoráveis para seus descendentes. Ao longo do tempo, essas características se tornam mais comuns na população, levando a mudanças evolutivas.
Além disso, o neodarwinismo incorpora o papel da genética na evolução. As mutações genéticas aleatórias são consideradas a fonte primária de variação genética na população, e a seleção natural age sobre essa variação. A combinação de mutação e seleção natural é responsável pela diversidade de espécies e pela adaptação das espécies aos seus ambientes.
Existem muitos exemplos de neodarwinismo em ação na natureza. Aqui estão alguns deles:
Evolução da resistência a pesticidas em insetos: insetos como o mosquito-da-dengue e o besouro-da-batata têm criado resistência a pesticidas que eram usados para controlá-los. Isso ocorre porque, com o uso repetido de um pesticida, os insetos que possuem uma mutação que lhes confere resistência têm uma vantagem seletiva e sobrevivem, passando essa característica para sua prole.
Evolução das mariposas de Manchester: as mariposas de Manchester, no Reino Unido, passaram por uma evolução rápida em resposta à poluição industrial. Antes da industrialização, a população de mariposas era predominantemente clara. No entanto, com a poluição, as árvores foram escurecendo devido ao acúmulo de fuligem, e mariposas escuras começaram a ter uma vantagem seletiva, pois eram mais difíceis de ser vistas pelos predadores. Com o tempo, a população de mariposas escuras aumentou.
Evolução do beija-flor e das flores: o formato das flores é frequentemente adaptado para atrair polinizadores específicos, como os beija-flores. Da mesma forma, os beija-flores evoluíram longos bicos finos para acessar o néctar em flores com formas específicas. Isso cria uma interdependência entre as espécies que impulsiona a evolução em ambas as direções.
Evolução de bactérias resistentes a antibióticos: a resistência aos antibióticos é um problema crescente na medicina. Isso ocorre porque as bactérias que possuem uma mutação que lhes confere resistência a um antibiótico têm uma vantagem seletiva quando o antibiótico é usado para matar outras bactérias. Com o tempo, essas bactérias resistentes podem se tornar predominantes na população.
Esses exemplos mostram como a seleção natural age sobre a variação genética na população, levando a mudanças evolutivas ao longo do tempo, conforme previsto pelo neodarwinismo.
Os princípios do neodarwinismo incluem:
Variação: as populações de organismos apresentam variações genéticas que são causadas por mutações, recombinação genética e outros processos.
Hereditariedade: as variações genéticas são herdadas pelos descendentes.
Seleção natural: as populações de organismos enfrentam pressões ambientais que favorecem alguns indivíduos com variações genéticas benéficas sobre outros, aumentando a probabilidade de sobrevivência e reprodução dos indivíduos com essas características.
Adaptação: a seleção natural pode levar à adaptação, sendo que as características genéticas benéficas se tornam mais comuns na população, melhorando a aptidão dos indivíduos em seu ambiente.
Especiação: a acumulação de mudanças genéticas ao longo do tempo pode levar à formação de novas espécies.
Gradualismo: a evolução ocorre através de pequenas mudanças graduais ao longo do tempo, em vez de grandes saltos abruptos.
Esses princípios fornecem uma base teórica para a evolução por seleção natural e formam a base da teoria evolutiva moderna.
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O darwinismo e o neodarwinismo são teorias que se complementam, mas existem algumas diferenças importantes entre elas. Algumas das principais diferenças são:
Genética: o darwinismo não tinha uma compreensão clara da genética e da hereditariedade, enquanto o neodarwinismo incorporou a genética e a biologia molecular em sua teoria.
Variação: o darwinismo acreditava que as variações eram principalmente causadas por mudanças ambientais, enquanto o neodarwinismo reconhece a importância das mutações genéticas como fonte de variação.
Seleção natural: o darwinismo enfatizava a seleção natural como principal motor da evolução, enquanto o neodarwinismo expandiu o conceito de seleção natural para incluir outras formas de seleção, como a seleção sexual.
Tempo: o darwinismo não tinha uma compreensão clara da escala de tempo necessária para a evolução ocorrer, enquanto o neodarwinismo enfatiza a importância do tempo na evolução.
Especiação: o darwinismo não tinha uma compreensão clara dos mecanismos pelos quais as espécies surgem, enquanto o neodarwinismo expandiu a teoria da especiação, incluindo a especiação alopátrica e a especiação simpátrica.
Em resumo, o darwinismo é uma teoria mais limitada, enquanto o neodarwinismo incorporou novas descobertas em genética e biologia molecular, expandiu o conceito de seleção natural e melhorou nossa compreensão da evolução em escalas de tempo mais longas e da formação de novas espécies.
Questão 1
(UFG) Segundo a teoria sintética da evolução, ou neodarwinismo, a variabilidade genotípica existente entre os indivíduos de uma mesma espécie por causa da recombinação gênica é decorrente, diretamente,
A) De alteração na sequência de bases do DNA de células somáticas provocadas por fatores ambientais.
B) Do cruzamento livre e ao acaso entre indivíduos pertencentes à mesma espécie.
C) Da seleção natural de indivíduos não adaptados às condições ambientais.
D) Do deslocamento de indivíduos, emigração ou imigração, entre populações diferentes.
E) De mudanças na frequência gênica em populações pequenas provocadas por fatores ambientais.
Resposta: B. A variabilidade genética e a recombinação gênica decorrem de mutações e cruzamentos da espécie.
Questão 2
(PUC-Rio) Três processos fundamentam a teoria sintética da evolução:
1. processo que gera variabilidade
2. processo que amplia a variabilidade
3. processo que orienta a população para maior adaptação
Esses processos são, respectivamente:
A) Recombinação gênica, seleção natural, mutação.
B) Recombinação gênica, mutação, seleção natural.
C) Mutação, recombinação gênica, seleção natural.
D) Mutação, seleção natural, recombinação gênica.
E) Seleção natural, mutação, recombinação gênica.
Resposta: C. A mutação gera a variabilidade, a recombinação a amplia e a seleção natural garante que as características mais adaptáveis prevaleçam.
Créditos da imagem
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/evolucao/neodarwinismo.htm