As pteridófitas são as plantas vasculares sem sementes, e representam o primeiro grupo de plantas a apresentarem sistema vascular. O aparecimento dessa característica impulsionou a conquista do ambiente terrestre pelas plantas e intensificou sua independência da água para a reprodução. Apesar disso, as pteridófitas não apresentam sementes e, portanto, o gameta ainda depende da água para a reprodução.
Os representantes mais comuns das pteridófitas são as samambaias e as avencas, que estão presentes em nosso dia a dia há muitos anos, seja nas ruas, em parques ou dentro de casa, funcionando como ornamentos para ambientes internos e externos. Além das samambaias e as avencas, os licopódios e cavalinhas são outros representantes do grupo das pteridófitas.
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As pteridófitas são as plantas vasculares sem sementes. Esse grupo representa as primeiras plantas vasculares a surgirem dentro da história evolutiva, isto é, as primeiras plantas com vasos condutores, o xilema e o floema. As pteridófitas estão presentes no nosso dia a dia e são comumente encontradas nas ruas, parques e jardins.
Entre as pteridófitas mais conhecidas estão as samambaias e as avencas, que são muito utilizadas como plantas ornamentais para ambientes internos e externos. As samambaias e as avencas aguçam o interesse das pessoas por possuírem uma folhagem verde exuberante, mas ao mesmo tempo delicada, agrupada de forma densa.
A presença dessas plantas dentro de casa contribui para tornar o ambiente mais agradável e aconchegante, ajudando a regular a temperatura do ambiente.
As pteridófitas são o primeiro grupo de plantas a apresentarem vasos condutores, isto é, xilema e floema. O surgimento dessa característica impulsionou a conquista do ambiente terrestre pelas plantas e sua independência da água. Apesar disso, as pteridófitas não formam sementes, e o gameta ainda depende da água para a reprodução. Por esse motivo, as pteridófitas são encontradas em ambientes úmidos e sombreados, que favorecem a presença de água constante para que a reprodução aconteça.
As sementes são uma novidade evolutiva que aparecerá apenas nas gimnospermas. As pteridófitas, por sua vez, se reproduzem a partir de esporos, localizados em estruturas denominadas esporângios.
As pteridófitas, diferentemente das briófitas, apresentam raiz, caule e folha verdadeiros. As raízes fixam a planta no solo e absorvem nutrientes e água. O caule estabelece a conexão entre as raízes e as folhas, além de apresentar os vasos condutores que conduzem a seiva bruta e a seiva elaborada por todas as partes da planta. As folhas, por sua vez, são as principais estruturas relacionadas com a fotossíntese.
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As pteridófitas ocupam uma variedade de hábitats, mas são mais comumente encontradas em ambientes úmidos, onde existe abundância de água e matéria orgânica no solo. São encontradas em florestas tropicais, temperadas e subtropicais, ocupando áreas sombreadas, ao longo de rios e lagos.
As pteridófitas são classificadas em cinco filos, sendo três extintos:
Já os filos que apresentam representantes atuais, isto é, que não foram extintos e são encontrados nos dias de hoje, são os seguintes:
Monilophyta é o maior grupo de plantas depois das angiospermas, com cerca de 11.000 espécies.
A reprodução das pteridófitas depende da água para acontecer, uma vez que os gametas masculinos, flagelados, deslocam-se através do batimento dos flagelos em direção ao gameta feminino, ocorrendo assim a fecundação e a formação de um novo indivíduo. Ainda, as pteridófitas podem se reproduzir de forma assexuada por brotamento. Saiba mais sobre esse tópico clicando aqui.
O ciclo de vida das pteridófitas varia de grupo para grupo, mas, de forma geral, envolve a alternância de gerações, que se baseia na formação do gametófito e do esporófito de maneira cíclica. Diferentemente do que acontece nas briófitas, nas pteridófitas o esporófito é de vida livre, sendo mais proeminente que o gametófito.
Tendo como base o ciclo de vida de samambaias homosporadas (isto é, que produzem esporos que dão origem a gametófitos bissexuados), o gametófito se desenvolve em uma estrutura chamada protalo, que possui diversos rizoides na superfície inferior. No protalo, os anterídios e os arquegônios se desenvolvem e produzem os gametas.
Os anterozoides, gametas masculinos, necessitam da água para fecundar o gameta feminino. Após a fecundação, o esporófito desenvolve-se rapidamente e se torna uma planta adulta independente.
Na face inferior das folhas da planta adulta desenvolvem-se os esporângios, em agrupamentos denominados soros, que são “bolinhas” com coloração amarela, alaranjada ou preta que se situam na face inferior da folha. Nos esporângios, os esporos são produzidos por meiose e liberados para o ambiente onde originarão um novo gametófito, reiniciando o ciclo.
As pteridófitas são importantes em diversos aspectos. Na natureza, representam uma parte importante da diversidade de plantas e desempenham papel significativo na manutenção das relações ecológicas entre os seres vivos. As pteridófitas são organismos produtores e, assim como outras plantas, são a base da cadeia alimentar de diversos organismos.
Além disso, podemos citar a estabilização dos solos como um aspecto importante desempenhado pelas pteridófitas, uma vez que apresentam raízes fibrosas capazes de prevenir a erosão dos solos. Também são fonte de abrigo e alimento para várias espécies animais, além da sua importância econômica para os seres humanos.
As pteridófitas apresentam especializações morfológicas e fisiológicas que geram a diferenciação do corpo da planta em órgãos propriamente ditos, as raízes, caules e folhas. Nas pteridófitas, as células estão organizadas em tecidos que formam o sistema dérmico, que reveste a planta externamente; o sistema vascular, formado pelos vasos condutores (xilema e floema); e o sistema fundamental, onde se encontra imerso o sistema condutor.
As pteridófitas também possuem a capacidade de sintetizar lignina, o que confere maior resistência às paredes celulares e maior sustentação às plantas, permitindo que atinjam estaturas maiores. As briófitas apresentam gametófito dominante e de vida livre, que geralmente é a geração mais proeminente, enquanto as pteridófitas apresentam esporófito dominante e de vida livre, que é mais proeminente que o gametófito.
Saiba mais: Como ocorre a reprodução das briófitas
(Unesp) A uma pessoa que comprasse um vaso de samambaia em uma floricultura e pretendesse devolvê-lo por ter verificado a presença de pequenas estruturas escuras, dispostas regularmente na face inferior das folhas, você diria que:
A) A planta, com certeza, estava sendo parasitada por um fungo.
B) A planta necessitava de adubação, por mostrar sinais de deficiências nutricionais.
C) A planta tinha sido atacada por insetos.
D) As pequenas estruturas eram esporângios reunidos em soros, os quais aparecem normalmente durante o ciclo da planta.
E) A planta se encontrava com deficiências de umidade, mostrando manchas necróticas nas folhas.
Resolução: D
Justificativa: Os soros são “bolinhas” situadas na face inferior das samambaias e são formados por um agrupamento de esporângios que produzem os esporos da planta.
Fontes
RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E. Biologia vegetal. In: Biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Pteridófitas: introdução às traqueófitas. Sistema e-Disciplinas: USP, 2023. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7644294/mod_resource/content/1/Aula3_Pterid%C3%B3fitas.pdf
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/botanica/pteridofitas.htm