HIV é a sigla dada ao Vírus da Imunodeficiência Humana, responsável por desencadear a Aids (sigla para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Esse vírus é transmitido, principalmente, por relação sexual e ataca o sistema imunológico, mais precisamente os chamados linfócitos T CD4+. Ao atacar essas células, o vírus desencadeia sérios problemas de imunidade, o que faz com que o paciente afetado apresente maiores chances de se infectar com outras doenças.
Apesar do que muitos pensam, o HIV é o vírus causador da Aids, mas quem o possui não apresenta necessariamente a doença. Muitas pessoas vivem por vários anos sem que a Aids se desenvolva, mas o vírus continua no organismo do paciente.
A Aids manifesta-se quando a taxa de vírus no corpo aumenta e causa uma grande queda no sistema de defesa do paciente em virtude da destruição dos linfócitos. É por isso que ela é chamada de imunodeficiência. Nesse estágio, a pessoa fica extremamente debilitada e pequenas doenças, como um resfriado, podem desencadear problemas graves, como uma tuberculose. Trata-se das doenças oportunistas.
Vale destacar que, mesmo sem apresentar os sintomas da AIDS, um paciente com HIV é capaz de transmitir o vírus para outra pessoa.
→ Proteção contra o HIV
O HIV é transmitido por relações sexuais, transfusões com sangue contaminado, compartilhamento de objetos perfurocortantes e até mesmo no momento do parto. Diante de tantas formas de contaminação, é essencial que a proteção seja feita.
Veja a seguir as formas de se prevenir da contaminação por HIV:
- Não ter relações sexuais sem preservativo;
- Diminuir o número de parceiros sexuais;
- Não compartilhar seringas, agulhas e outros materiais perfurocortantes;
- Não reutilizar objetos cortantes sem a devida esterilização;
- Ao fazer tatuagem, observar se os objetos utilizados são descartáveis ou esterilizados. O mesmo vale para salões de beleza e os objetos das manicures;
- Realizar pré-natal e todos os exames antes do parto.
→ Qualidade de vida do portador de HIV
Antigamente, muitas pessoas consideravam o diagnóstico de HIV como uma sentença de morte. Hoje em dia, no entanto, há diversas drogas no mercado que ajudam a evitar a diminuição acentuada da imunidade do paciente, o que possibilita uma maior expectativa de vida.
Apesar de terem surgido na década de 1980, os medicamentos para o tratamento, chamados de antirretrovirais, só foram distribuídos no Brasil gratuitamente a partir de 1996. Depois da distribuição gratuita, várias pessoas com o vírus puderam obter seu tratamento e, com isso, melhorar a sua qualidade de vida.
Atualmente, existem 21 medicamentos antirretrovirais que são usados de maneira combinada, uma vez que possuem diferentes ações contra o vírus. O tratamento é complexo e, muitas vezes, de difícil adaptação. Por isso, é necessário acompanhamento médico.
Por Ma. Vanessa dos Santos
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/doencas/hiv-aids-sao-mesma-coisa.htm