Um mosquito bastante conhecido pela população brasileira é o Aedes aegypti (Diptera: Culicidae). Esse mosquito, que se prolifera em grande quantidade em nosso território, é um importante vetor de doenças virais, tais como a dengue, febre amarela, chikungunya e zika.
→ Origem do Aedes aegypti
O A. aegypti, apesar de ocorrer em praticamente todo o território brasileiro, não surgiu aqui. Esse mosquito é originário da África e foi descrito primeiramente no Egito (daí o nome A. aegypti).
Acredita-se que ele chegou à América a bordo de barcos que vinham da Europa no período colonial. No Brasil, o primeiro registro da ocorrência do A. aegypti é do ano de 1898. A partir de então, esse mosquito espalhou-se pelo país, graças, principalmente, à temperatura e à umidade, que tornam o local propício para a sua proliferação. No verão, a infestação do mosquito sempre é maior em razão do aumento da temperatura e daquantidade das chuvas.
→ Características gerais do Aedes aegypti
O A. aegypti é um mosquito de hábitos diurnos, de coloração preta e com listras e manchas brancas. Apresenta grande adaptação ao ambiente urbano, utilizando muitos recipientes rejeitados pelo homem como locais propícios para o desenvolvimento de suas larvas.
Apesar do que muitos pensam, apenas as fêmeas do A. aegypti picam os humanos. Isso acontece porque as fêmeas necessitam de sangue para o desenvolvimento de seus filhotes. O macho utiliza como alimento substâncias açucaradas, como o néctar das plantas. Esse tipo de alimento também é utilizado pelas fêmeas.
→ Ciclo de vida do Aedes aegypti
O ciclo de vida do A. aegypti é conhecidamente dependente de água, que pode ser limpa ou não. Anteriormente se acreditava que esse mosquito reproduzia-se apenas em água limpa, hoje, no entanto, observa-se seu desenvolvimento até mesmo em esgoto bruto.
O ciclo inicia-se com a cópula entre o macho e fêmea. Após esse período, a fêmea procura um humano para conseguir sangue para o desenvolvimento dos ovos. Após cerca de três dias, ela busca um local para realizar a desova. Normalmente a deposição dos ovos ocorre ao amanhecer e no fim do dia.
Os ovos são colocados em paredes do criadouro, bem rentes à água. Esses ovos, que inicialmente são brancos, mas depois se tornam escuros, são bastante resistentes e podem persistir viáveis por até 450 dias. Essa resistência é importante para que o mosquito saia do ovo apenas quando o ambiente estiver favorável. Após a eclosão, da larva até o mosquito adulto, o tempo médio de desenvolvimento é de 10 dias.
→ Como acabar com o Aedes aegypti?
Em razão da grande quantidade de doenças transmitidas pelo A. Aegypti, é grande a pressão da sociedade para que medidas sejam criadas com o objetivo de eliminar vetor. O ponto mais importante na luta contra o mosquito é destruir os criadouros, não deixando nunca água acumulada e parada.
Apesar de a receita para o fim do A. aegypti ser simples, falta comprometimento da sociedade e dos governantes. É essencial que todos limpem suas casas e que o Governo esteja atento a áreas abandonadas que podem ter focos do mosquito. Apenas quando todos fizerem sua parte estaremos livres desse grave problema de saúde pública.
Veja também: Dicas para se prevenir da picada do Aedes aegypti.
Por Ma. Vanessa dos Santos
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/doencas/aedes-aegypti-um-vetor-doencas-virais.htm