Os agnatos, ou ciclostomados, são vertebrados aquáticos e primitivos caracterizados pela ausência de mandíbula, o que os diferencia dos demais peixes, e pela presença de uma boca circular sugadora. Esse grupo é representado pelas lampreias e peixes-bruxa.
→ Características gerais:
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Corpo longo, delgado e cilíndrico, com uma pele que apresenta numerosas glândulas mucosas e ausência de escamas. São ectotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo é variável;
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Não possuem nadadeiras pares, e as ímpares (dorsal, caudal e anal) são pouco desenvolvidas;
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A notocorda permanece nos indivíduos adultos. Apresentam um esqueleto cartilaginoso;
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A boca é anteroventral e circular. Não apresentam mandíbulas. As lampreias apresentam dentes córneos raspadores no funil bucal e na língua, o que permite perfurarem a pele de outros animais e se alimentarem sugando o sangue e outros tecidos moles. Os peixes-bruxa apresentam uma boca mordedora e eversível e alimentam-se de invertebrados, peixes doentes ou mortos que se encontram no fundo do mar.
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O intestino apresenta dobras que aumentam a superfície de contato com o alimento (válvula espiral) e termina no ânus;
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Coração com duas câmaras (átrio e ventrículo). Os peixes-bruxa apresentam ainda corações “acessórios” para aumentar o fluxo sanguíneo;
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A respiração é branquial. A água entra pela boca e sai pelas fendas;
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O sistema urinário é formado por um par de rins mesonéfricos e um par de tubos que levam o produto da excreção, principalmente amônia, para a cloaca;
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Apresentam sexos separados. Os peixes-bruxa apresentam os dois sexos, mas apenas um é funcional. A fecundação é externa. Lampreias apresentam desenvolvimento indireto com uma fase larval (amocete). Peixes-bruxas apresentam desenvolvimento direto.
Curiosidade: Durante a fase reprodutiva, as lampreias migram para os rios, onde as fêmeas depositam seus ovos para os machos fecundarem. O desenvolvimento inicia-se com uma fase larval, e a larva permanece cerca de um ano no rio e depois migra para o mar, onde completa o processo de metamorfose.
Por Ma. Helivania Sardinha dos Santos